– Na noite em que é traído Jesus dá-nos o Pão da vida. Concede-nos o maior dom enquanto sente no coração o abismo mais profundo: o discípulo que come com Ele, que se serve do mesmo prato, atraiçoa-o. E a traição é a maior dor para quem ama. E o que faz Jesus? Reage ao mal com um bem maior. Responde ao “não” de Judas com o “sim” da misericórdia. Não castiga o pecador, mas dá a vida por ele, paga por ele. Quando recebemos a Eucaristia, Jesus faz o mesmo em relação a nós: conhece-nos, sabe que somos pecadores e sabe que cometemos muitos erros, mas não renuncia a unir a sua vida à nossa. Sabe que precisamos disto, pois a Eucaristia não é a recompensa dos santos, não, é o Pão dos pecadores. É por isso que nos exorta: “Não tenhais medo! Tomai e comei!”. (Papa Francisco, Angelus, 6 de Junho, 2021).
– A própria Igreja deve ser uma sala grande. Não um círculo restrito e fechado, mas uma Comunidade com os braços abertos, acolhedora para com todos. Perguntemo-nos: Quando se aproxima alguém que está ferido, que errou, que segue um percurso diferente de vida, a Igreja, esta Igreja é uma sala grande para o acolher e levar à alegria do encontro com Cristo? A Eucaristia quer alimentar quem se sente cansado e faminto ao longo do caminho; não nos esqueçamos disto! A Igreja dos perfeitos e dos puros é um quarto onde não há lugar para ninguém; pelo contrário, a Igreja das portas abertas, que faz festa ao redor de Cristo, é uma sala grande onde todos – todos, justos e pecadores – podem entrar. (Papa Francisco, Homilia da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, 6 de Junho, 2021).