Rezar em comunhão com Maria
Na oração do cristão, a Virgem Maria ocupa um lugar privilegiado, porque é a Mãe de Jesus. Sabemos que a estrada-mestra da oração cristã é a humanidade de Jesus: por esta sua humanidade, o Espírito Santo introduz-nos na relação filial de Jesus com o Pai celeste e daí nascem a intimidade e a confidência típicas da oração cristã: «Abbá, Papá!» Cristo é o único Mediador, a ponte que atravessamos para chegar ao Pai. Desta mediação única de Cristo, recebem sentido e valor todos os outros intermediários a quem recorremos na nossa devoção, a começar pela Virgem Maria. Na iconografia das nossas igrejas, Ela está sempre presente, e por vezes até com grande realce, mas sempre associada ao Filho, sempre em função d’Ele. Nas suas mãos, nos seus olhos, na sua atitude geral, temos um «catecismo» vivo: sempre indicam o ponto cardeal, ou seja, Jesus. Este é o papel que Maria ocupou durante a sua vida terrena e mantém para sempre: ser a serva humilde do Senhor. Mas, pouco antes de morrer na cruz, Jesus estendeu a maternidade de Maria a toda a Igreja quando Lhe confiou o discípulo amado. Colocados assim sob o seu manto protetor, começamos a rezar-Lhe usando algumas expressões presentes nos Evangelhos, como «cheia de graça» e «bendita entre as mulheres». E, na Ave Maria, depressa entra o título de «Mãe de Deus» consagrado no Concílio de Éfeso. Como sucede no Pai Nosso, depois do louvor vem a súplica: pedimos à Virgem Mãe que reze «por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte». Sabemos que Maria esteve e está presente, nestes dias de pandemia, junto das pessoas que concluíram o seu caminho terreno numa condição de isolamento, sem o conforto dos seus entes queridos. Com a sua ternura materna, estava lá Maria.
Resumo da catequese do Papa Francisco, 24 de Março, 2021
TEXTO COMPLETO DA CATEQUESE: