Porque a Quaresma é tempo de penitência, atrevo-me a sugerir um conjunto de penitências, convicto de que se podem lembrar muitas outras.
– Cumprir bem os próprios deveres: de estado, profissionais, religiosos, sociais. Dominar o mau humor, evitando palavras agressivas. Andar mais atento às preocupações dos outros, sem deixar de respeitar a sua privacidade. Fazer companhia a quem dela precisa, visitando pessoas doentes ou que vivem em solidão. Viver bem o Domingo, dedicando-o ao Senhor, à família, à prática da caridade.
– Procurar fazer tudo com perfeição, e não de qualquer maneira ou com maus modos. Evitar gastos supérfluos. Ser moderado nas guloseimas, no café, no álcool, no tabaco, destinando a economia que com isso faz para ajudar quem passa necessidade. Passar uma vista ao guarda-fatos, dando a quem precisa o que lá se encontra a mais.
– Selecionar bem as leituras, os programas de televisão, os divertimentos. Ser disciplinado no uso das redes sociais. Ser pontual, estando onde e quando deve estar. Visitar o Santíssimo Sacramento, procurando que esse encontro com o Senhor leve a descobri-lO em todas as pessoas com quem se encontra ao longo do dia.
– Fazer uma revisão de vida, para o que podem ajudar desdobráveis com um questionário para o exame de consciência, e uma confissão com calma, escolhendo para isso uma altura em que o sacerdote esteja mais disponível. Procurar participar na Eucaristia à semana. Melhorar a oração individual e comunitária (conjugal e familiar).
– Melhorar a leitura orante da Palavra de Deus. Melhorar o diálogo em casal e com os filhos. Ter mais tempo para os outros, a começar pelas pessoas com quem se vive. Organizar bem o dia, destinando um bocadinho de tempo para uma boa leitura. Purificar o coração eliminando dele sentimentos que lá não devem existir.
– Nada de inveja, de ódio, de vingança. Não falar mal de ninguém, evitando toda a espécie de difamação e de calúnia. Evitar juízos infundados. Não atribuir aos outros intenções que eles não têm. Abster-se de qualquer forma de violência, quer física quer verbal. Aceitar as contrariedades que a vida traz, sem andar a chorar-se ou a fazer queixinhas.
– Não fazer o que mais agrada ou mais apetece mas sempre o que deve ser feito. Dar o primeiro passo. Tomar a iniciativa da reconciliação, mesmo que se esteja persuadido de que a culpa está toda do outro lado. Não responder a uma ofensa com outra ofensa. Pagar o mal com o bem.
Silva Araújo