Os primeiros passos da Igreja no mundo estiveram marcados pela oração. Lemos nos Atos dos Apóstolos que os membros da primeira comunidade “perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações”. Trata-se de quatro características essenciais da vida eclesial, que nos lembram que a Igreja deve permanecer firmemente unida a Cristo; caso contrário, Ela será como uma casa sem fundamentos, construída sobre a areia. Neste sentido, evidencia-se também como a oração era na primeira comunidade e continua sendo hoje, o motor da evangelização. Na oração, o cristão mergulha no mistério de Deus, experimentando como o encontro com Cristo não terminou com a sua Ascensão aos céus, mas pela ação do Espírito Santo, Jesus continua presente junto dos seus. É Ele que, junto com o Espírito Santo, impulsiona a pregar o Evangelho pelo mundo, na certeza de que Deus dá e pede amor. Em suma, dedicar tempo à oração permite partilhar a experiência que São Paulo descreveu na Carta aos Gálatas: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.
Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 25 de Novembro, 2020