São João Paulo II e o Escapulário
São João Paulo II usava o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, desde o dia em que lhe foi imposto na sua Primeira comunhão (1929). Nunca mais dele se separou, nem sequer quando foi operado, no dia em que sofreu o atentado. É Joaquín Navarro-Valls, médico e Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, entre 1984 e 2006, que no-lo conta numa entrevista ao jornal “La Reppublica” de 24 de abril de 2001: “O Papa ainda estava consciente na ambulância. Perdeu os sentidos ao chegar ao hospital por causa da perda de sangue e a queda da tensão arterial. Mas, num momento de lucidez, conseguiu pedir aos médicos que lhe deixassem o escapulário ao pescoço. Foi operado dessa vez, mantendo o escapulário, e nas intervenções que depois lhe foram feitas”. Como o escapulário ficou cheio ensanguentado no atentado, quando regressou do hospital Gemelli, conta o Pe. Lucio Maria Zappatore, O.Carm., mandou o seu secretário, o P. Estanislau Dziwisz, aos Carmelitas da Igreja de Santa Maria in Traspontina, na Via della Conciliazione, em frente à Basílica de São Pedro, buscar um novo, porque, dizia, o do atentado “tinha ficado maculado com o seu sangue”, oferecendo ao mesmo tempo um ramo de rosas para pôr aos pés da imagem de Nossa Senhora do Carmo que aí se encontra, em agradecimento, pois estava certo de que uma providencial intervenção materna de Maria desviou a trajetória das balas para não atingirem nenhum órgão vital. O Escapulário que trazia durante o atentado foi depois doado pelo Cardeal Estanislau, ao P. Lucio, encontrando-se atualmente na paróquia Santa Maria Regina Mundi, em Torre Spaccata, Roma, confiada aos Carmelitas.