Como porta que se abre para o dia de amanhã, queremos com esta partilha aquecer o coração e centrar a atenção crente para a alegria e a grandeza da solenidade de Todos os Santos, na qual se celebra o mistério da santidade divina presente na nossa vida. Numa única celebração, evocamos a vitória daqueles nossos irmãos e irmãs que nos precederam na fé, na esperança e na caridade e que, tendo concluído a sua peregrinação sobre a terra, já gozam da plenitude, na visão de Deus.
Eles formam uma incontável multidão. Muitos foram oficialmente canonizados pela Igreja, a maior parte deles, porém, nunca o virá a ser. Alguns deles cruzaram os nossos caminhos, embora a maior parte deles tenha passado desapercebida neste mundo, sendo só por Deus conhecidos. Mas todos eles responderam com generosidade aos apelos do Senhor, amando-o sobre todas as coisas, na pessoa dos irmãos, em especial dos mais necessitados, dos que sofrem, dos excluídos e dos descartados.
Prefácio dos santos
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte. Vós sois glorificado na assembleia dos Santos e, ao coroar os seus méritos, coroais os vossos próprios dons. Na sua vida dais-nos um exemplo, na comunhão com eles uma família e na sua intercessão um auxílio, para que, confirmados por tão grandes testemunhas, possamos vencer o bom combate da fé e receber com eles a eterna coroa de glória, por Cristo, nosso Senhor. Por isso, com os Anjos e todos os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz: Santo, Santo, Santo…