O Beato Tito Brandsma, que morreu no campo de concentração de Dachau em 1942, também tinha um coração missionário. Desde jovem frade ainda em período de formação, Tito desejou ser enviado como missionário para anunciar o Evangelho a todos os povos. Contudo, a falta de saúde impediu-o de realizar o seu sonho. Deus enviou Tito a um território de missão que ele próprio nunca teria escolhido: os campos de concentração nazis. Em 1942 foi deportado para o campo de concentração de Dachau. Ali converteu-se em missionário através da sua oração, da sua confiança em Deus no meio do terrível sofrimento, ao consolar as aflições dos seus companheiros de prisão e ao negar-se a odiar os nazis. Tito acreditava que “a oração não é um oásis no deserto da vida; é toda a vida”. Esta bela afirmação revela a fonte da sua fortaleza para levar a cabo as suas actividades apostólicas, para dar testemunho da Verdade e para suportar com paciência a pobreza, o sofrimento e a brutalidade dos campos de concentração e para perdoar aos seus inimigos. Num discurso pronunciado em 1941, Tito disse: “A nossa vocação e a nossa felicidade consiste em fazer felizes os outros”. Talvez estas palavras, assim como as palavras de Jesus que significaram tanto para o Beato Tito, “a paz vos deixo, a minha paz vos dou”, resumem o seu espírito missionário e o que significa ser missão na Igreja e no mundo.
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