Este evangelho (do 4º Domingo do Tempo Comum) mostra-nos que o ministério público de Jesus começa com uma rejeição e uma ameaça de morte, paradoxalmente, por parte dos seus próprios concidadãos. Ao viver a missão a Ele confiada pelo Pai, Jesus sabe que deve enfrentar o cansaço, a rejeição, a perseguição e a derrota. Um preço que, ontem como hoje, a autêntica profecia é chamada a pagar. A dura rejeição não desencoraja Jesus, nem cessa o caminho e a fecundidade da sua acção profética. Ele segue adiante pelo seu caminho, confiando no amor do Pai.
Também hoje, o mundo precisa de ver profetas nos discípulos do Senhor, isto é, pessoas corajosas e perseverantes ao responder à vocação cristã. Pessoas que seguem o impulso do Espírito Santo, que as envia a anunciar esperança e salvação aos pobres e aos excluídos; pessoas que seguem a lógica da fé e não dos milagres; pessoas dedicadas ao serviço de todos, sem privilégios ou exclusões. Pessoas que se abrem a acolher em si mesmas a vontade do Pai e se comprometem a testemunhá-la fielmente aos outros.
Papa Francisco, Angelus, 3 de Fevereiro, 2019