Rezar a Maria e com Maria no mês de Maio – 23

Consagração a Nossa Senhora

Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo(a) a Vós, e, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro, neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser; e porque assim sou todo(a) vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa. Ah! Guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.

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Santa Maria Madalena de Pazzi – 25 de Maio

Decorria o ano de 1566, quando na cidade de Florença, Itália, na nobre família dos Pazzi, nasceu uma menina a quem seus pais puseram o nome de Catarina que muito cedo se viu marcada pela presença de Deus. A infância, adolescência e juventude nunca lhe desviaram o olhar de Jesus. Gostava imenso de rezar e de reunir no seu palácio meninos e meninas a quem falava de Jesus e a quem distribuía comida, brinquedos, roupas e guloseimas. 

Desde muito nova se sentia atraída pelo ministério da Paixão de Jesus. Quando aos 17 anos lhe falaram em casamento, Catarina respondeu que o seu único esposo era Cristo. Entrou, por isso, no convento das Carmelitas onde tomou o hábito de Nossa Senhora do Carmo, mudando então o nome de Catarina para Maria Madalena, pois dizia querer amar tanto a Jesus como esta Santa do Evangelho. O seu lema e o seu testemunho era: «O Amor não é amado». Por isso se entregou ao Amado em doação total. A sua vida foi marcada pela Cruz e pela Luz, pela Noite Escura e tenebrosa e pela Chama Viva de Amor resplandecente, pelo sofrimento e pela mais doce e profunda alegria que na terra se pode experimentar. Viveu intensamente o mistério da Cruz de Cristo como intensamente viveu na terra a felicidade dos santos do Céu. Desejava ir a terras de missão para a todos falar de Cristo e todos converter ao seu Amor. 

Andava sempre na presença de Deus, de tal modo que uma freira do seu convento, e quando Ir. Maria Madalena cozia o pão, afirmou ver o Menino Jesus ajudando nos preparativos e iluminando o forno para que a Santa pudesse colocar o pão. 

No dia 25 de Maio de 1607, sexta-feira, voou para o Céu esta carmelita, enquanto a seu pedido as irmãs cantavam cânticos de louvor ao Senhor. 

Hino

Tu, que já cantas o hino / que só as virgens entoam, / vê, do céu, tantos eleitos, / que o Carmelo, hoje, povoam.

Bens da terra, Madalena, / tiveste em conta de nada: / servir a Deus, só, quiseste, / como fiel desposada.

Por ser Cristo tua vida, / que imenso amor te prendeu! / Ele ungiu teu coração / e trocou-o pelo Seu.

Da mente a sublimes voos / pelo Espírito te alçaste; / de amor ardente, ferida, / alta mística ensinaste.

Simples e obediente, / teu coração ilibado / deixou no claustro e na Igreja / o seu rastro perfumado.

Glória a quem a ti, por mestra, / às almas quis apontar. / Que esse Deus Trino, para sempre, / por ti possamos gozar.

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A “terapia da esperança”

Debrucemo-nos hoje sobre a «terapia da esperança», aplicada por Jesus a dois discípulos desanimados que seguiam de Jerusalém para Emaús. O segredo da terapia está nisto: mostrar à pessoa que, apesar das aparências em contrário, continua a ser amada por Deus; Ele nunca deixará de lhe querer bem. Vendo-os tristes, Jesus começa por perguntar o motivo da sua tristeza, que Ele bem conhece, mas quer ajudá-los a sondar em profundidade a amargura que se apoderou deles. Caminham tristes, porque viram morrer as esperanças que tinham posto em Jesus de Nazaré de ser Ele o libertador de Israel. O sinal mais eloquente duma derrota, que não tinham previsto, era aquela cruz erguida no Calvário. Eles não a tinham previsto, mas Deus sim; e anunciara-o nas Escrituras Sagradas, que Jesus lhes explica: «Para entrar na sua glória, o Messias tinha antes de sofrer todas aquelas coisas». A verdadeira esperança passa através de derrotas. Nos Livros Sagrados, não se encontram histórias de heroísmo fácil, nem campanhas fulminantes de conquista. Deus não gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando os adversários. A presença do Senhor lembra uma chama frágil que arde num dia de frio e vento; e, para aparecer ainda mais frágil esta sua presença neste mundo, foi esconder-Se num lugar que todos desdenham: num pedaço de pão, que se oferece como alimento em cada Eucaristia. «Quando Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho». Mas foi nisso que os discípulos de Emaús O reconheceram. E, no gesto fulcral da Eucaristia, está significado também como deve ser a Igreja: o destino de cada um de nós. Jesus toma-nos, pronuncia a bênção, «põe em pedaços» a nossa vida – porque não há amor sem sacrifício – e oferece-a aos outros, a todos.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 24 de Maio de 2017

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Rezar a Maria e com Maria no mês de Maio – 22

Ave Maria, és a alegria do Povo de Deus

Ave Maria, és a alegria do Povo de Deus, és a honra da humanidade, és a ditosa por Deus escolhida, das Tuas mãos nos vieram prodígios, és o refugio do povo de Deus, o que fizeste agradou ao Senhor, bendita sejas por Deus poderoso!

Povos da terra louvai a Maria, eternamente aclamai o seu nome!

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Rezar a Maria e com Maria no mês de Maio – 19

Concede-nos, Maria

Concede-nos, Maria, Mãe de Cristo e da Igreja, um pouco de luz para a nossa noite; um pouco de paz para a nossa luta; um pouco de fé para a nossa dúvida; um pouco de amor para o nosso ódio. um pouco de água para a nossa sede; um pouco de doação para o nosso egoísmo; um pouco de calor para a nossa frieza; um pouco de ideal para a nossa fraca vontade; um pouco de alegria para a nossa tristeza; um pouco de auxílio para a nossa necessidade. Amen.

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6º Domingo da Páscoa – Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 14, 15-21)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco: Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai, e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».

Mensagem

A dor da separação, provocada pela partida de Jesus, atravessa o coração dos discípulos de então. Se virmos bem, também no coração dos discípulos de hoje pode vir ao de cima a percepção de que Jesus está longe, pouco perceptível e dificilmente acessível. A dor da separação revela o deles e o nosso amor por Jesus. E Jesus mostra-nos que não nos deixa abandonados e sós, como órfãos (João 14,18). Ele permanece connosco, e continua a tratar-nos carinhosamente por «filhinhos» (João 13,33). De facto, Jesus morre, mas não desaparece na morte. Volta sempre, na sua condição de Ressuscitado, para nos comunicar a sua própria vida nova. Sim, com a sua morte, Ele desaparece para sempre aos olhos do mundo, que apenas sabe que Ele morreu numa Cruz. Sim, o mundo conhece apenas a morte, e não a vida (João 14,19). É sabido que também aqueles discípulos não superarão o teste da Paixão e Morte de Jesus, abandonando-o e fugindo todos. Será Jesus a chamar de novo estes discípulos.

Palavra para o caminho

No texto que o Evangelho deste 6º Domingo da Páscoa (João 14,15-21) nos oferece assistimos hoje ao primeiro dos cinco dizeres de Jesus relativos à Vinda do Espírito Santo, Paráclito, isto é, Defensor [Advogado de defesa], Consolador e Intérprete. Este último significado deriva do aramaico paráklita, dos rabinos, que não tem o significado usual do grego (Defensor e Consolador), mas Intérprete, aquele que traduz Deus para nós e nós para Deus, fonte permanente de comunicação, compreensão e comunhão. O Espírito Paráclito é assim o grande construtor de pontes entre nós uns com os outros e com Deus. É, por isso, que Ele é o Amor, que destrói todos os muros, preconceitos, ódios, divisões, incompreensões (António Couto).

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Papa Francisco, Regina Coeli (14 de Maio de 2017)

Bom dia, prezados irmãos e irmãs!

Ontem à noite voltei da peregrinação a Fátima — saudemos Nossa Senhora de Fátima! — e a nossa prece mariana de hoje adquire um significado especial, repleto de memória e de profecia para quantos contemplam a história com os olhos da fé. Em Fátima imergi-me na prece do santo povo fiel, uma oração que lá escorre há cem anos como um rio, para implorar a proteção maternal de Maria sobre o mundo inteiro. Dou graças ao Senhor que me concedeu ir aos pés da Virgem Mãe como peregrino de esperança e de paz. E agradeço de coração aos Bispos, ao Bispo de Leiria-Fátima, às Autoridades do Estado, ao Presidente da República e a todos aqueles que ofereceram a sua colaboração.

Desde o início, quando na Capelinha das Aparições permaneci por muito tempo em oração, acompanhado pelo silêncio orante de todos os peregrinos, criou-se um clima de recolhimento e contemplação, no qual tiveram lugar os vários momentos de prece. E no centro de tudo estava e está o Senhor Ressuscitado, presente no meio do seu Povo mediante a Palavra e a Eucaristia; presente no meio dos numerosos enfermos, que são protagonistas da vida litúrgica e pastoral de Fátima, assim como de todos os santuários marianos.

Em Fátima a Virgem escolheu o coração inocente e a simplicidade dos pequeninos, Francisco, Jacinta e Lúcia, como depositários da sua mensagem. Estas crianças receberam-na com dignidade, a ponto de serem reconhecidas como testemunhas confiáveis das aparições, tornando-se modelos de vida cristã. Com a canonização de Francisco e Jacinta, eu quis propor à Igreja inteira o seu exemplo de adesão a Cristo e o seu testemunho evangélico, mas também desejei convidar toda a Igreja a cuidar das crianças. A sua santidade não é consequência das aparições, mas da fidelidade e do ardor com que corresponderam ao privilégio recebido, de poder ver a Virgem Maria. Após o encontro com a «bela Senhora» — assim lhe chamavam — elas recitavam frequentemente o Rosário, faziam penitência e ofereciam sacrifícios para alcançar o fim da guerra e pelas almas mais necessitadas da misericórdia divina.

E até hoje há muita necessidade de oração e de penitência para implorar a graça da conversão, para suplicar o fim de tantas guerras que existem em toda a parte no mundo e que se difundem cada vez mais, assim como o fim dos conflitos absurdos, grandes e pequenos, que desfiguram o semblante da humanidade.

Deixemo-nos guiar pela luz que provém de Fátima. O Coração Imaculado de Maria seja sempre o nosso refúgio, a nossa consolação e o caminho que nos há de conduzir a Cristo.

 

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