Ó meu Jesus

Ó meu Jesus e tudo o que tenho! Tu sabes que Te amo, porque sabes tudo; mas quão pouco Te amo, meu Jesus e meu tudo! Grava o Teu nome no meu entendimento, na minha memória, nos meus lábios e, sobretudo, no meu coração, para que não me recorde mais que de Jesus, não fale mais que de Jesus, nem ame mais que a Jesus. 

Ó meu Jesus e tudo o que tenho! Ou amar-Te ou morrer; ou melhor, viver e morrer, amando-Te sobre todas as coisas, com todo o meu coração, com toda a minha alma e com todas as minhas forças. Que eu não vá deste mundo, meu Jesus, sem tornar-Te conhecido e amado, quanto me seja possível. Aumenta o meu amor, meu Jesus e meu tudo. 

Santo Henrique de Ossó

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11º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (9, 36-10, 8)

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus compadeceu-se delas, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Diz então aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da messe que mande trabalhadores para a sua messe». Depois chamou a Si os seus doze discípulos e deu-lhes autoridade para expulsar os espíritos impuros e para curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, pregai que está próximo o reino dos Céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demónios. Recebestes de graça, dai de graça».

Mensagem

A Palavra de Deus deste Domingo apresenta-nos a Igreja como novo Povo de Deus, con­vocado pela Santíssima Trindade, para participar da sua vida e comunhão. Desde sempre, «aprouve a Deus salvar os homens e santificá-los, não individualmente, mas constituindo-os num povo» (LG 9). Por isso, chamou o povo da primeira aliança, Israel, para ser sua propriedade especial entre todos os povos. E em Jesus Cristo, seu Filho, chamou Doze para sobre eles construir a Igreja, o novo Povo de Deus, e os enviar em missão, como apóstolos, a fim de anunciar, por palavras e obras, a Boa Nova da salvação, de modo que a todos chegue a força do seu incomensurável amor.

A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”

Quando o agricultor sai de casa para ir fazer a colheita, transborda de alegria e resplandece de felicidade. Não pensa nas dores nem nas dificuldades que poderá encontrar; tendo em vista o retorno que vai ter, corre, apressa-se para ir fazer a sua colheita anual. Nada o pode reter, nem impedir, nem fazer duvidar do futuro: nem a chuva, nem a geada, nem a seca, nem legiões de gafanhotos malignos. Os que se aprestam para as colheitas não conhecem essas inquietações e deitam-se ao trabalho dançando e saltando de alegria.

Vós deveis ser como eles e ir pela terra inteira com uma alegria ainda maior, motivados pela colheita. Pois a colheita que tendes a fazer é muito fácil e espera-vos em campos bem preparados. O único esforço que vos é pedido é o de falar: emprestai-me a vossa língua, diz Cristo, e vereis o grão maduro entrar nos celeiros do rei.

Por isso, Ele envia os seus discípulos dizendo: «Sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20). Era Ele quem tornava fáceis as coisas difíceis. Os apóstolos realizavam de maneira visível a palavra do profeta: «Irei diante de ti para te aplanar os caminhos pedregosos» (Is 45,2). Cristo caminhava à sua frente e tornava-lhes fácil o caminho (São João Crisóstomo).

Palavra para o caminho

Uma abundante seara e tão poucos trabalhadores!… O desemprego não existe no campo missionário, são os trabalhadores que faltam! Porém, Jesus não se cansa de chamar! Então? E se este convite te disser pessoalmente respeito? Que respondes?

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Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (15 de Junho)

Na solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a festa do Corpo de Deus, instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, celebramos o maior dom que Cristo fez de si mesmo à Igreja e a mais admirável de todas as suas obras: a Eucaristia.

É através da Eucaristia que Jesus cumpre a promessa de estar sempre connosco até à consumação do tempo. E é também neste sacramento pascal que Cristo se nos dá totalmente, nos comunica a plenitude do Espírito Santo e nos transforma em Si, unindo-nos a Ele e, n’Ele, ao Pai e aos irmãos, em íntima comunhão de amor, fazendo-nos saborear já aqui na terra a doçura do Reino dos céus, como antegosto da eternidade e penhor da ressurreição futura.

Frases sobre a Eucaristia

– Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, mas aceita com fé as palavras do Salvador; sendo Ele a Verdade, não mente (São Cirilo).

– Vós, Jesus, partindo deste mundo, o que nos deixastes em memória de vosso amor? Não uma veste, um anel, mas o vosso corpo, o vosso sangue, a vossa alma, a vossa divindade, vós mesmo, todo, sem reservas (Santo Afonso de Ligório).

– A celebração eucarística é muito mais do que um simples banquete: é precisamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério fulcral da salvação. «Memorial» não significa apenas uma recordação, uma simples lembrança, mas quer dizer que cada vez que nós celebramos este Sacramento participamos no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo (Papa Francisco).

-Este pão é Jesus. Alimentar-nos dele significa receber a própria vida de Deus, abrindo-nos à lógica do amor e da partilha (São João Paulo II).

– A Eucaristia é o nosso tesouro mais precioso. Ela é o sacramento por excelência; introduz-nos antecipadamente na vida eterna; contém em si todo o mistério da nossa salvação; é a fonte e o ápice da acção e da vida da Igreja (Bento XVI).

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Deus ama-nos porque Ele mesmo é amor

A nossa esperança assenta na certeza de sermos filhos de Deus, amados, desejados por Deus. Se quisermos mudar o coração duma pessoa triste, é preciso, antes de mais nada, fazer-lhe sentir que é desejada, que é importante. Grande parte da angústia do homem de hoje nasce disto: de pensar que, se não formos fortes, atraentes e belos, ninguém porá os olhos em nós, ninguém quererá saber de nós. Muitos procuram dar nas vistas, só para preencher um vazio interior: como se fôssemos pessoas eternamente carecidas de confirmação do que somos e valemos. Imaginai um mundo onde todos procuram chamar a atenção para si mesmos, e ninguém está disposto a querer bem gratuitamente aos outros! Parece um mundo humano, mas na realidade é um inferno. Nada mais poderá fazer-nos felizes, senão a experiência do amor dado e recebido? A vida do ser humano consiste numa troca de olhares: alguém, fixando-nos nos olhos, arranca-nos o primeiro sorriso; por nossa vez, sorrindo gratuitamente a quem está fechado na tristeza, abrimos-lhe uma porta de saída. Vemos acontecer isto no filho pródigo da parábola: «Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço…». Somos filhos amados de Deus. E não nos ama, por ver em nós alguma razão para isso; ama-nos porque Ele mesmo é amor, e o amor, por sua natureza, tende a difundir-se, a dar-se. Deus nem sequer faz depender o seu amor da nossa conversão: antes, esta é consequência do seu amor. Deus ama-nos mesmo quando somos pecadores. Ao criar-nos, imprimiu em nós uma beleza primordial que nenhum pecado, nenhuma opção errada poderá jamais cancelar de todo. Aos olhos do Pai do céu, seremos sempre pequenas fontes de água boa que jorram para a vida eterna.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 14 de Junho de 2017

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Frases de Santo António – 13 de Junho

– É viva a Palavra quando são as obras que falam.

– Quando te sorriem prosperidade mundana e prazeres, não te deixes encantar; não te apegues a eles; brandamente entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, mordem-nos como serpentes.

– Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, seja tranquila a tua alma.

– Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós.

– Neste lugar tenebroso, os santos brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés, assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de esmagar as sugestões do demónio e as seduções do mundo.

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Frases sobre a Santíssima Trindade

– Entre todas as criaturas, a obra-prima da Santíssima Trindade é a Virgem Maria: no seu Coração humilde e repleto de fé, Deus preparou para si uma morada digna, para completar o mistério da salvação (Bento XVI) .

– A Santíssima Trindade vive na alma em graça (Santa Teresa dos Andes).

– Com a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo podemos ser fermento de comunhão e misericórdia (Papa Francisco).

– Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz nem fazer-me sair de Vós, ó meu imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso mistério (Santa Isabel da Trindade).

– O mistério da Trindade fala também da nossa relação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois esta ‘família divina’ não está fechada em si própria, mas é aberta e comunica-se na criação e na história (Papa Francisco).

– Para quem tem fé, todo o universo fala de Deus Uno e Trino (Bento XVI).

– Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda” (Ef 9,1) (Santo Inácio de Antioquia).

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Domingo da Santíssima Trindade – Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 3, 16-18)

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus”.

Mensagem

O mistério de Deus supera infinitamente o que a mente humana pode captar. Porém, Deus criou o nosso coração com um desejo infinito de buscá-lo, de tal modo que não encontrará descanso a não ser nele. O nosso coração, com o seu desejo insaciável de amar e ser amado, abre-nos uma brecha para intuir o mistério inefável de Deus.

Deus é Trindade, é um mistério de Amor. E a Sua omnipotência é a omnipotência de quem só é amor, ternura insondável e infinita. É o amor de Deus que é omnipotente. Deus não pode tudo. Deus não pode senão o que pode o amor infinito. E sempre que o esquecemos e saímos da esfera do amor fabricamos um Deus falso, uma espécie de ídolo estranho que não existe.

Quando não descobrimos ainda que Deus é só Amor, facilmente nos relacionamos com Ele a partir de interesse próprio ou do medo. Um interesse que nos move a utilizar a Sua omnipotência para nosso proveito. Ou um medo que nos leva a procurar toda a classe de meios para nos defendermos do Seu poder ameaçador. Mas esta religião feita de interesse e de medos está mais próxima da magia que da verdadeira fé cristã.

Só quando se intui a partir da fé que Deus é só Amor e se descobre fascinado que não pode ser outra coisa senão Amor presente e palpitante no mais fundo da nossa vida, começa a crescer livre no nosso coração a confiança num Deus Trindade de que o único que sabemos por Jesus é que não pode senão amar-nos.

Palavra para o caminho

Entre todas as criaturas, a obra-prima da Santíssima Trindade é a Virgem Maria: no seu Coração humilde e repleto de fé, Deus preparou para si uma morada digna, para completar o mistério da salvação (Bento XVI).

Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda” (Ef 9,1) (Santo Inácio de Antioquia).

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O amor maduro

Toda a gente usa a palavra “amor”. Mas tantas vezes abusa! Estamos sempre a cair na conta de que não estamos a falar do mesmo. Pode dizer-se que, muito para além das simpatias e das antipatias, o amor adulto é querer e fazer o bem do outro. E isso exige três coisas: ser inteligente, ser gratuito e ser eficaz! Inteligente para perceber bem do que o outro precisa: que lhe fale, que me cale, que exija, peça, dê… Gratuito, porque a busca da retribuição tira a liberdade ao outro, compra-o! Eficaz, porque só com intenções o mundo não cresce, confunde-se e decresce.

Vasco P. Magalhães, sj

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Nunca estamos sozinhos

Jesus ensinou-nos a tratar Deus por Pai, ou melhor, por Papá (na língua dele: Abbá). Quem não recorda a oração que Ele nos ensinou: o Pai-Nosso? A paternidade de Deus é fonte da nossa esperança. Como vemos no Evangelho, Deus não consegue estar sem nós. Nunca estamos sozinhos. Podemos viver afastados d’Ele, ou mesmo estar contra Ele; podemos até professar-nos como pessoas «sem Deus». Mas Ele não pode estar sem nós. Pensemos na parábola do Pai misericordioso. Quando o filho pródigo, depois de ter gasto tudo, regressa à casa onde nasceu, o pai não aplica critérios de justiça humana, mas primariamente sente a necessidade de perdoar e, com o seu abraço, faz o filho perceber que, durante todo o tempo da sua ausência, sentiu falta dele, o seu amor de Pai sofreu. Como Jesus ensinou e viveu, Deus é Pai, mas não à nossa maneira humana: nenhum pai deste mundo se teria comportado como o Protagonista da referida parábola. Deus não pode estar sem nós; sente a nossa falta. Ele nunca será um Deus «sem o homem». Esta certeza é a fonte da nossa esperança, que encontramos espelhada em todas as invocações do Pai-Nosso. Quando precisamos de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignarmos e fecharmos em nós mesmos, mas ensina-nos a elevar ao Pai do Céu uma súplica confiante. Todas as nossas necessidades, desde as mais evidentes e diárias como a alimentação, a saúde, o trabalho, até à necessidade de sermos perdoados e sustentados contra as tentações, não são uma prova de que estamos abandonados e sozinhos, mas há um Pai amoroso nos Céus que sempre olha por nós e nunca nos abandona.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 7 de Junho de 2017

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