Caminhando através do Advento (13): Maria ensina-nos a viver o Advento

Estás a pensar o que deveria passar-se na alma da Virgem, quando, depois da Encarnação, já possui em si o Verbo Encarnado, o Dom de Deus… Com que silêncio, em que recolhimento e adoração se devia sepultar no fundo da sua alma, para estreitar a si esse Deus de que era Mãe. 

Minha Guidinha, Ele está em nós. Oh! mantenhamo-nos bem perto d’Ele, nesse silêncio, com esse amor da Virgem; é assim que vamos passar o Advento, não é? 

Santa Isabel da Trindade

Oração

Brilhe em nós, Senhor, o esplendor da vossa glória, para que a vinda de Cristo, vosso Filho, nos dissipe as últimas sombras da noite e nos manifeste como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Abrir

Caminhando através do Advento (12): Eva e Maria

As consequências da maldita sedução com que foi enganada Eva, a virgem destinada ao primeiro homem, foram anuladas por meio da mensagem bendita da verdade que o Anjo trouxe a Maria, também ela virgem desposada com um homem. E assim, enquanto Eva, seduzida pela mensagem de um anjo, desobedeceu à palavra divina e se afastou de Deus, Maria, ao contrário, guiada pela anunciação de outro anjo, obedeceu à palavra divina e mereceu trazer a Deus em seu seio. Aquela, portanto, deixou-se seduzir para não obedecer a Deus, e esta deixou-se persuadir a obedecer-Lhe. Deste modo, a Virgem Maria tornou-se advogada da virgem Eva. 

Santo Ireneu

Oração

Concedei, Senhor, ao povo que aguarda a vinda de vosso Filho, um espírito vigilante, para que, seguindo os ensinamentos do Salvador, vamos ao seu encontro com as lâmpadas da fé acesas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Abrir

São João da Cruz – 14 de Dezembro

Nasceu em Fontiveros (Ávila, Espanha) no ano 1542. Em Medina del Campo, com 21 anos de idade, tomou o hábito da Ordem, na qual pediu para viver uma vida mais austera de acordo com a Regra primitiva. Foi um instrumento providencial nas mãos de Teresa de Jesus, a quem ajudou na sua obra desde a primeira fundação de religiosos contemplativos em Duruelo (28.11.1568). Morreu em Úbeda no dia 13 de Dezembro de 1591. É um grande mestre dos caminhos do espírito. As suas obras “Subida do Monte Carmelo”, “Noite Escura”, “Cântico Espiritual” e “Chama de Amor Viva”, valem-lhe o título de Doutor da Igreja universal, conferido por Pio XI em 24 de Agosto de 1926.

Preces

Aclamemos o Senhor Jesus Cristo, Cabeça e Esposo da Igreja, que nos alegra hoje com a festa de São João da Cruz; e digamos: R. Senhor Jesus Cristo, vós sois o Rei da Glória!

Palavra única do Pai pronunciada desde sempre no eterno silêncio e recebida no seio da Virgem Maria na plenitude dos tempos, ensinai-nos hoje a escutar a vossa palavra no íntimo do coração e guardá-la e manifestá-la pelas obras. R.

Sabedoria do Pai, que nos revelastes o excesso do vosso amor, quando vos humilhastes na Encarnação e na Cruz, concedei aos que redimistes com o vosso Sangue que vivam continuamente em íntima comunhão convosco. R.

Imagem perfeita do Pai, em vós nos são revelados e concedidos todos os mistérios do Amor eterno, fazei que, movidos pelo vosso Espírito, caminhemos de claridade em claridade até à vossa Luz inacessível. R.

Encanto Supremo do Pai, em vós Deus olha com ternura e carinho para todos os homens e mulheres, fazei que sejamos perfeitos e misericordiosos como o vosso Pai celeste. R.

Jesus, Primogénito de todas as criaturas, por meio de vós o Pai criou e reformou todas as coisas com o seu Amor, fazei que passemos das coisas visíveis para a contemplação da vossa beleza, que é invisível. R.

Oração

Senhor, que inspirastes a São João da Cruz, a perfeita abnegação de si mesmo e o ardente amor à cruz, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Abrir

O coração do Domingo: a Eucaristia

Bom dia, prezados irmãos e irmãs!

Retomando o caminho de catequeses sobre a Missa, hoje perguntemo-nos: por que ir à Missa aos domingos?

A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2177). Nós, cristãos, vamos à Missa aos domingos para encontrar o Senhor Ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por Ele, ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim tornar-nos Igreja, isto é, seu Corpo místico vivo no mundo.

Compreenderam isto, desde o princípio, os discípulos de Jesus, que celebraram o encontro eucarístico com o Senhor no dia da semana ao qual os judeus chamavam “o primeiro da semana” e os romanos “dia do sol”, porque naquele dia Jesus tinha ressuscitado dos mortos e aparecido aos discípulos, falando com eles, comendo com eles, concedendo-lhes o Espírito Santo (cf. Mt28, 1; Mc 16, 9.14; Lc 24, 1.13; Jo 20, 1.19), como ouvimos na Leitura bíblica. Também a grande efusão do Espírito no Pentecostes teve lugar no domingo, cinquenta dias depois da Ressurreição de Jesus. Por estas razões, o domingo é um dia santo para nós, santificado pela celebração eucarística, presença viva do Senhor entre nós e para nós. Portanto, é a Missa que faz o domingo cristão! O domingo cristão gira em volta da Missa. Que domingo é, para o cristão, aquele no qual falta o encontro com o Senhor?

Existem comunidades cristãs que, infelizmente, não podem beneficiar da Missa todos os domingos; no entanto, também elas, neste dia santo, são chamadas a recolher-se em oração em nome do Senhor, ouvindo a Palavra de Deus e mantendo vivo o desejo da Eucaristia.

Algumas sociedades secularizadas perderam o sentido cristão do domingo iluminado pela Eucaristia. Isto é pecado! Em tais contextos é preciso reavivar esta consciência, para recuperar o significado da festa, o significado da alegria, da comunidade paroquial, da solidariedade e do descanso que revigora a alma e o corpo (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2177-2188). De todos estes valores a Eucaristia é a nossa mestra, domingo após domingo. Por isso, o Concílio Vaticano II quis reiterar que «o domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também o dia da alegria e do repouso, da abstenção do trabalho» (Const. Sacrosanctum concilium, 106).

A abstenção dominical do trabalho não existia nos primeiros séculos: é uma contribuição específica do cristianismo. Por tradição bíblica, os judeus descansam no sábado, enquanto na sociedade romana não estava previsto um dia semanal de abstenção dos trabalhos servis. Foi o sentido cristão do viver como filhos e não como escravos, animado pela Eucaristia, que fez do domingo — quase universalmente — o dia do descanso.

Sem Cristo estamos condenados a ser dominados pelo cansaço do dia a dia, com as suas preocupações, e pelo medo do amanhã. O encontro dominical com o Senhor dá-nos a força para viver o presente com confiança e coragem, e para progredir com esperança. Por isso nós, cristãos, vamos encontrar-nos com o Senhor aos domingos, na celebração eucarística.

A Comunhão eucarística com Jesus, Ressuscitado e Vivo eternamente, antecipa o Domingo sem ocaso, quando já não haverá cansaço nem dor, nem luto, nem lágrimas, mas só a alegria de viver plenamente e para sempre com o Senhor. Inclusive sobre este abençoado descanso nos fala a Missa dominical, ensinando-nos, no decorrer da semana, a confiar-nos nas mãos do Pai que está no Céu.

Como podemos responder a quem diz que não é preciso ir à Missa, nem sequer aos domingos, porque o importante é viver bem, amar o próximo? É verdade que a qualidade da vida cristã se mede pela capacidade de amar, como disse Jesus: «Disto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35); mas como podemos praticar o Evangelho sem haurir a energia necessária para o fazer, um domingo após o outro, na fonte inesgotável da Eucaristia? Não vamos à Missa para oferecer algo a Deus, mas para receber dele aquilo de que verdadeiramente temos necessidade. Recorda-o a oração da Igreja, que assim se dirige a Deus: «Tu não precisas do nosso louvor, mas por um dom do teu amor chamas-nos a dar-te graças; os nossos hinos de bênção não aumentam a tua grandeza, mas obtém para nós a graça que nos salva» (Missal Romano, Prefácio comum IV).

Em síntese, por que ir à Missa aos domingos? Não é suficiente responder que é um preceito da Igreja; isto ajuda a preservar o seu valor, mas sozinho não basta. Nós, cristãos, temos necessidade de participar na Missa dominical, porque só com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos pôr em prática o seu mandamento, e assim ser suas testemunhas credíveis.

Papa Francisco, Audiência Geral, 13 de Dezembro de 2017

Abrir

Caminhando através do Advento (11): Deus cumpre as suas promessas por meio do seu Filho

Deus estabeleceu o tempo da suas promessas e o momento de as realizar… Prometeu a salvação eterna, a vida bem-aventurada na companhia dos Anjos por toda a eternidade, a herança imperecível, a glória eterna, a doçura da visão do seu rosto, a sua morada santa nos Céus e, como consequência da ressurreição, a ausência total do medo da morte. É esta, em certo modo, a sua promessa final, para a qual se dirigem todos os nossos esforços e que, uma vez alcançada, nos levará a não desejar nem buscar outra coisa…

Prometeu aos homens a divindade, aos mortais a imortalidade, aos pecadores a justificação, aos humilhados a glorificação. Todavia, irmãos, porque aos homens parecia incrível a promessa de Deus de os libertar da sua condição mortal – corrupção, miséria, debilidade, pó e cinza – e de os tornar semelhantes aos Anjos de Deus, não só firmou por escrito uma aliança com os homens, para que acreditassem, mas também estabeleceu como garantia da sua fidelidade um mediador, que não foi qualquer príncipe, ou um Anjo ou um Arcanjo, mas o seu Filho Unigénito. E foi efectivamente por meio do seu Filho que nos quis mostrar o caminho que conduz àquele fim prometido.

Mas ainda era pouco para Deus revelar-nos o caminho por meio do seu Filho: quis que Ele mesmo fosse o Caminho, a fim de que te deixasses conduzir por Ele, caminhando sobre o próprio Caminho.

Santo Agostinho

Oração

Deus omnipotente, que nos mandais preparar os caminhos do vosso Filho, não permitais que, pela nossa extrema fraqueza, nos cansemos de aguardar a presença consoladora do médico divino, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Abrir

Caminhando através do Advento (10): a Igreja peregrina

A Igreja, à qual somos todos chamados em Cristo Jesus e na qual pela graça de Deus adquirimos a santidade, só será consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas; e com o género humano também todo o universo, que está unido intimamente ao homem e por ele atinge o seu fim, será totalmente restaurado em Cristo. 

Quando foi levantado da terra, Cristo atraiu a Si todos os homens; ressuscitado de entre os mortos, enviou sobre os Apóstolos o seu Espírito vivificador e, por meio d’Ele, constituiu o seu Corpo, que é a Igreja, como sacramento universal de salvação; sentado à direita do Pai, actua continuamente no mundo para conduzir os homens à Igreja e por ela os unir mais estreitamente a Si, e com o alimento do seu próprio Corpo e Sangue os tornar participantes da sua vida gloriosa. A restauração prometida, que esperamos, principiou já em Cristo, foi impulsionada com a vinda do Espírito Santo e continua por meio d’Ele na Igreja que nos faz descobrir na fé o sentido da própria vida temporal à medida que vamos realizando, com esperança nos bens futuros, a obra que o Pai nos confiou no mundo; e assim vamos operando a nossa salvação. 

Lumen Gentium nº 48

Oração

Deus omnipotente, que fazeis chegar aos confins da terra o anúncio do Salvador, preparai-nos para acolher com alegria a glória do seu nascimento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Abrir

Caminhando através do Advento (9): o Pai disse-nos tudo em Jesus, que é a sua Palavra

Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – disse nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única, e nada mais tem a revelar…

E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d’Ele outra realidade ou novidade. 

Poderia Deus responder-Lhe deste modo: Este é o meu Filho amado, no qual pus toda a minha complacência; escutai- O. Se já te falei todas as coisas na minha Palavra, que é o meu Filho – e não tenho outra – que mais te posso Eu responder agora ou revelar? Põe os olhos só n’Ele, porque n’Ele tudo disse e revelei, e acharás ainda mais do que pedes e desejas.

São João da Cruz

Oração

Acolhei benignamente, Senhor, a nossa oração e suscitai nos vossos servos o desejo sincero de chegar, de coração purificado, ao grande mistério da Encarnação de vosso Filho Unigénito, Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Abrir

2º Domingo do Advento – Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 1, 1-8)

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: «Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, a fim de preparar o teu caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».

João Baptista apareceu no deserto, a pregar um baptismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias. Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo».

Mensagem

No deserto aparece um profeta diferente. Vem para “preparar o caminho do Senhor”. A reacção do povo é comovedora. Segundo o evangelista, deixam a Judeia e Jerusalém e caminham para o “deserto” a fim de escutar a voz que os chama. O deserto recorda-lhes a sua antiga fidelidade a Deus, seu amigo e aliado, porém, sobretudo, é o melhor lugar para escutar o apelo à conversão. Ali o povo toma consciência da situação em que vive; experimenta a necessidade de mudar. Segundo Marcos, “confessavam os seus pecados e João baptizava-os”.

A conversão que necessita o nosso modo de viver o Cristianismo não pode ser improvisada. Requer um longo tempo de recolhimento e trabalho interior. Passarão anos até que sejamos mais verdadeiros na Igreja e reconheçamos a conversão que necessitamos para acolher, mais fielmente, Jesus Cristo no centro do nosso Cristianismo. Esta pode ser hoje a nossa tentação: não escutar nenhuma voz que nos convide a mudar. Distrair-nos com qualquer coisa para esquecer os nossos medos e disfarçar a nossa falta de coragem para acolher a verdade de Jesus Cristo.

Não poucos cristãos praticantes compreendem a sua fé como uma “obrigação”. Esta maneira de entender e viver a fé gera um tipo de cristão aborrecido, sem desejo de Deus e sem criatividade nem paixão alguma por difundir a sua fé. Basta “cumprir”. Esta religião não tem atracção alguma; converte-se num peso difícil de suportar. Não estava equivocada Simone Weil quando escrevia que “onde falta o desejo de encontrar-se com Deus, ali não há crentes, mas pobres criaturas de pessoas que se dirigem a Deus por medo ou por interesse”.

Palavra para o caminho

Neste segundo Domingo de preparação para o Natal, a liturgia indica-nos que é um tempo para reconhecer os vazios a colmatar na nossa vida, para libertar o terreno de todas as agruras do orgulho e criar espaço para acolher Jesus que vai chegar. E um vazio pode ser o facto de não rezarmos ou de rezarmos pouco. Um outro vazio poderia ser a falta de caridade em relação ao próximo, sobretudo em relação aos mais necessitados de ajuda não só material, mas também espiritual (Papa Francisco, Angelus, 10 de Dezembro de 2017).

Abrir

Caminhando através do do Advento (8): preparai o caminho do Senhor

Uma voz clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas do nosso Deus. Declara abertamente o profeta Isaías que não é em Jerusalém, mas no deserto, que se há-de realizar esta profecia, isto é, a manifestação da glória do Senhor e o anúncio da salvação para toda a humanidade. E tudo isto se cumpriu historicamente e à letra, quando João Baptista pregou o advento salvador de Deus no deserto do Jordão, onde se manifestou a salvação de Deus. De facto, Cristo manifestou-Se e a sua glória apareceu claramente a todos, quando, depois do seu baptismo, se abriram os céus e o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, repousou sobre Ele, enquanto se ouvia a voz do Pai que dava testemunho de seu Filho: Este é meu Filho muito amado: escutai-O. Tudo isto se dizia, porque Deus havia de vir ao deserto, intransitável e inacessível desde sempre, que era a humanidade. Com efeito, todo o género humano era um deserto totalmente fechado ao conhecimento de Deus, e nele não podiam entrar os justos de Deus e os Profetas. É por isso que aquela voz manda abrir o caminho para o Verbo de Deus e aplanar seus obstáculos e asperezas, a fim de que o nosso Deus possa entrar quando vier. Preparai o caminho do Senhor. É esta a pregação evangélica e a nova consolação, que quer fazer chegar ao conhecimento de todos os homens a salvação de Deus.

Eusébio de Cesareia

Oração

Concedei, Deus omnipotente e misericordioso, que os cuidados deste mundo não sejam obstáculo para caminharmos generosamente ao encontro de Cristo, mas que a sabedoria do alto nos leve a participar do esplendor da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Abrir

Caminhando através do Advento (7): esperar com paciência

É necessário, meus queridos irmãos, ter paciência e perseverar, para que, depois de termos sido admitidos à esperança da verdade e da liberdade, possamos chegar realmente à verdade e liberdade; porque, pelo facto de sermos cristãos, temos fé e esperança; mas, para que a esperança e a fé possam dar os seus frutos, é necessária a paciência.

Nós não buscamos a glória presente, mas a futura, conforme a advertência do apóstolo Paulo, quando diz: Fomos salvos em esperança. Ora a esperança do que se vê já não é esperança, pois quem espera o que já vê? Mas esperar o que ainda não vemos é esperá­-lo com paciência. A esperança e a paciência são necessárias para levarmos a bom termo o que começámos a ser e para conseguirmos, por mercê de Deus, o que esperamos e acreditamos.

São Cipriano

Oração

Deus de misericórdia, que enviastes o vosso Filho unigénito para libertar o homem dos seus pecados, concedei aos que esperam o auxílio da vossa graça o dom da verdadeira liberdade. Por Nosso Senhor.

Abrir