Contemplação

A contemplação não é somente o coração do carisma carmelita, como é também o melhor dom, o tesouro escondido, a pérola preciosa (cf. Mt 13, 44-46) que podemos oferecer ao mundo e à Igreja. É-se contemplativo onde o amor se torna activo. A contemplação é um processo de transformação gradual do falso eu (homem velho) para o eu verdadeiro (homem novo), escondido em Cristo (cf. Col 3, 3), realizado em nós pelo Espírito Santo, até alcançar a união com Deus no amor. É o amor que transforma as nossas obras, os nossos pensamentos e os nossos sentimentos: o amor que procede de Deus e o amor com que servimos a humanidade. É o amor que purifica os nossos pensamentos, cura as nossas feridas, une-nos aos irmãos e às irmãs, alivia-nos no sofrimento, denuncia a injustiça, abre caminhos de reconciliação… Em suma, é o amor que muda e transforma o nosso mundo. Os místicos carmelitas recordam-nos que é o amor que dá valor a todas as obras. “Deus não olha senão ao amor com que fazeis o que fazeis” (Santa Teresa de Jesus. A vocação do contemplativo é o amor: “amar e deixar-te amar” (Santa Teresinha do Menino Jesus).

Excerto da Mensagem Final da Congregação Geral da Ordem do Carmo 2011 

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