5º Domingo da Quaresma – Ano A

”Eu sou a ressurreição e a vida”

Lázaro está doente. As suas irmãs ficam preocupadas e mandam prevenir Jesus. Mas este afirma: «Esta doença não é de morte, mas sim para a glória de Deus, manifestando-se por ela a glória do Filho de Deus». Assim, pode acontecer que chamemos “doença” àquilo que é “saúde”. Segundo o Evangelho, seguir Jesus é recuperar a saúde espiritual!

O amor de Deus é a saúde da alma. Quando ela não tem um perfeito amor, também não tem uma saúde perfeita. Face ao amor de Jesus, todas as outras realidades perdem os seus atractivos. Assim a doença de amor pelo Senhor é uma santa doença!

Jesus apresenta-Se aqui como Aquele que é a «Ressurreição e a vida». Com Ele não há nenhum impasse. Nenhuma situação dolorosa é definitiva, nem mesmo a morte. Mas, para isso, é necessário crer e ter esperança: esperar para lá daquilo que podemos compreender e imaginar. A esperança é uma virtude teologal tão importante como a fé e a caridade. João da Cruz mostra-nos até que ponto temos falta de esperança, porque encerramos o futuro na nossa memória do passado. Imaginamos o que vai acontecer a partir do que já vivemos, tanto de agradável como de desagradável. Na vida espiritual somos ameaçados pela ausência de esperança, quer dizer, pela falta de disponibilidade para o inesperado, como se Deus não fosse suficientemente poderoso e livre para inventar, connosco, um futuro diferente daquele que nós conseguimos projectar! Ora, diz João da Cruz, «quanto mais a alma espera em Deus, tanto mais alcança». Recebemos de Deus tanto mais quanto mais esperarmos d’Ele! Cremos no Deus vivo que não pode senão dar vida e tudo o que é bom. Ele quer fazer isso desde já, através dos sacramentos e da oração. Podemos viver já uma profunda transformação interior, até chegarmos a unir-nos a Deus de forma que façamos quase espontaneamente a sua vontade: João da Cruz fala assim do matrimónio espiritual para simbolizar esta profunda união de vontades que corresponde à santidade. Eis, pois, a nossa dignidade, o sentido da nossa vida, e João da Cruz interpela-nos: «Ó almas, criadas para estas grandezas e a elas chamadas, que fazeis? Em que vos entretendes?»

O nosso caminho de vida consiste assim numa transformação interior, umas vezes agradável, outras, dolorosa, que nos conforma a Jesus até mesmo nos seus sentimentos mais profundos. De início, o Senhor seduz-nos através de graças sensíveis na oração. Depois vem um trabalho mais profundo e interior que por vezes se parece com uma operação cirúrgica para dar morte ao homem velho e dar vida ao homem novo. Deus faz o essencial do trabalho, mas nós temos de consentir e colaborar, dentro das nossas possibilidades. Viver plenamente é deixar Deus transformar-nos e voltar a dar-nos a vida tal como a Lázaro. Não se trata ainda da ressurreição, mas como que de um “ante gozo” dela. Trata-se de um sinal que anuncia a sua futura ressurreição e com a dele, a nossa!

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Oração do Rosário. Mistérios Gozosos  

Vamos rezar o terço, conforme o pedido insistente de Nossa Senhora neste lugar, e concluiremos este momento de oração com a consagração dos nossos países ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, pedindo o seu auxílio e proteção no momento de tribulação que vivemos atualmente.

Neste dia solene, em que a Igreja celebra a Anunciação a Maria de que ela seria a Mãe de Jesus, queremos confiar ao seu coração materno as nossas súplicas, para que as apresente junto de Deus e interceda por nós. Queremos pedir:

– pelas vítimas diretas e indiretas da pandemia que nos atinge; pelos profissionais de saúde, incansáveis nos seus esforços por socorrer os doentes; pelas autoridades, no seu esforço para encontrar soluções; e por todos nós e pelas nossas famílias.

Nesta Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, estão sepultados os santos Francisco e Jacinta Marto, também eles vítimas de uma pandemia. Peçamos igualmente a sua intercessão, especialmente a de Santa Jacinta, de quem celebramos o centenário da sua morte: ela, que experimentou a solidão do hospital nos seus últimos momentos, console com a sua intercessão tantos doentes que, nestes dias e de forma dramática, experimentam a solidão do isolamento a que estão sujeitos.

Primeiro mistério: a Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.

Do Evangelho de S. Lucas (Lc 1, 28-32): “Entrando onde ela estava, disse-lhe o Anjo: «Salve, cheia de graça, o Senhor está contigo!» Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que espécie de saudação seria esta. Disse-lhe o Anjo: «Não tenhas medo, Maria, pois encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no ventre e darás à luz um filho, e chamá-lo-ás com o nome de Jesus!»”.

Este é o mistério que a Igreja, hoje, celebra festivamente: o início do mistério da encarnação. Sempre que vem ao nosso encontro, Deus exorta-nos a vencer o medo e a confiar n’Ele, como Maria.

Neste mistério, peçamos a sua intercessão, para que, no momento de tribulação que experimentamos, não cedamos ao medo que paralisa, mas confiemos no Senhor, que não nos abandona.

Segundo mistério: A visita de Nossa Senhora a sua parente Isabel.

Do Evangelho de S. Lucas (Lc 1, 39-42): “Por aqueles dias, Maria levantou-se, foi apressadamente para a montanha, para uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. … Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Levantando, então, a voz com forte brado, disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!»”.

Maria é por excelência “portadora de Cristo”, isto é, aquela que se pôs a caminho para levar Jesus a Isabel. Como então, Maria continua hoje a trazer-nos Jesus Cristo e a conduzir-nos continuamente até Ele.

Neste mistério, peçamos por todos os cristãos, para que, com o seu testemunho de atenção aos mais necessitados, sobretudo nestes momentos difíceis, saibam ser, como Maria, “portadores de Cristo” e da sua esperança.

Terceiro mistério: O nascimento de Jesus em Belém.

Do Evangelho de S. Lucas (Lc 2, 6-7): “Enquanto (Maria e José) estavam (em Belém), cumpriram-se os dias de ela dar à luz. E deu à luz o seu filho primogénito, envolveu-o em panos e reclinou-o numa manjedoura”.

O nascimento de Jesus é revelação do imenso amor de Deus por nós. Porque, em Jesus, Deus assume a nossa condição frágil, Ele conhece os nossos sofrimentos, preocupações e angústias.

Neste mistério, peçamos ao Senhor que aumente a nossa fé e a nossa confiança n’Ele em todos os momentos, mas sobretudo nestes tempos de tribulação.

Quarto mistério: a apresentação do Menino Jesus no Templo.

Do Evangelho de S. Lucas (Lc 2, 34-35): “Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Eis que [este menino] está aqui para a queda e o ressurgir de muitos em Israel e para ser um sinal de contradição – e uma espada trespassará a tua própria alma» – a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações”. (Lc 2, 34-35)

Maria é a “Virgem oferente”, que, no Templo, oferece ao Senhor o seu Filho e se oferece com Ele a Deus (cf. Marialis cultus, n. 20). Mas a oferta da sua vida é marcada pela espada de dor, anunciada por Simeão.

Neste mistério, peçamos a intercessão de Maria para, como ela, fazermos da nossa vida uma oferta agradável a Deus, sem termos medo do sofrimento que daí pode advir.

Quinto mistério: A perda e o encontro do Menino Jesus no Templo, entre os doutores.

Do Evangelho de S. Lucas (Lc2, 48-50): “Sua mãe disse a Jesus: «Filho, porque nos fizeste isto? Eis que teu pai e eu estávamos aflitos à tua procura!» Ele disse-lhes, então: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que é necessário que eu esteja na casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse”.

Como Maria e José, também nós, em tantas ocasiões, sobretudo no meio das dificuldades, não compreendemos o que Jesus nos diz ou estamos pouco recetivos às suas palavras.

Neste mistério, peçamos-lhe, por intercessão de Maria, a graça da disponibilidade para a sua vontade, mesmo quando a não compreendemos totalmente.

Santuário de Fátima, Basílica de Nossa Senhora do Rosário, 25 de março de 2020

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Consagração de Portugal e Espanha ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria

Consagração da Igreja em Portugal e Espanha

ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria

Coração de Jesus Cristo, médico das almas, Filho amado e rosto da misericórdia do Pai, a Igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que tuas são, olha para o teu lado aberto, sua fonte de salvação, e suplica:

nesta singular hora de sofrimento, assiste a tua Igreja, inspira os governantes das nações, ouve os pobres e os aflitos, exalta os humildes e os oprimidos, cura os doentes e os pecadores, levanta os abatidos e os desanimados, liberta os cativos e os prisioneiros e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo, médico das almas, elevado no alto da Cruz e tocado pelos dedos do discípulo no íntimo do cenáculo, a Igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que tuas são, contempla-Te como imagem do abraço do Pai à humanidade, esse abraço que, no Espírito do Amor, queremos dar uns aos outros segundo o teu mandato no lava-pés, e suplica:

nesta singular hora de sofrimento, ampara as crianças, os anciãos e os mais vulneráveis, conforta os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde e os voluntários cuidadores, fortalece as famílias e reforça-nos na cidadania e na solidariedade, sê a luz dos moribundos, acolhe no teu reino os defuntos, afasta de nós todo o mal e livra-nos da pandemia que nos atinge.

Coração de Jesus Cristo, médico das almas e Filho da Virgem Santa Maria, pelo Coração de tua Mãe, a quem se entrega a Igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que, desde há séculos, suas são, e em tantos outros países, aceita a consagração da tua Igreja. Ao consagrar-se ao teu Sagrado Coração, entrega-se a Igreja à guarda do Coração Imaculado de Maria, configurado pela luz da tua Páscoa e aqui revelado a três crianças como refúgio e caminho que ao teu coração conduz. Seja a Virgem Santa Maria, a Senhora do Rosário de Fátima, a Saúde dos Enfermos e o Refúgio dos teus discípulos gerados junto à Cruz do teu amor. Seja o Imaculado Coração de Maria, a quem nos entregamos, connosco a dizer:

nesta singular hora de sofrimento, acolhe os que perecem, dá alento aos que a Ti se consagram e renova o universo e a humanidade. Amen.

Santuário de Fátima, Basílica de Nossa Senhora do Rosário, 25 de março de 2020

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“O Espírito Santo virá sobre Ti”

A Virgem Nossa Senhora com toda a sabedoria que Deus lhe deu, perguntou ao Anjo quando A saudou: “Como será isto?” Em dizendo-lhe: “O Espírito Santo virá sobre Ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua Sombra», não tardou em mais disputas. Como quem tinha grande fé e sabedoria entendeu logo que, intervindo estas duas coisas, não havia mais que saber nem duvidar.

Santa Teresa de Jesus

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Súplica à Bem-Aventurada Virgem Maria, saúde dos enfermos

Virgem Mãe de Cristo e da Igreja, gerações de crentes confiantes em vós vos invocaram com o título de saúde dos enfermos.

Olhai para nós, vossos filhos, nesta hora de preocupação e de sofrimento devido a um contágio que semeia receio e apreensão nas nossas casas, nos lugares de trabalho e de recreio. Vós que conhecestes a incerteza do presente e do futuro e com o vosso Filho também percorrestes as estradas do exílio, recordai-nos que Ele é o nosso caminho, verdade e vida e que só Ele, que com a sua morte venceu a nossa morte, nos pode libertar de todo o mal.

Mãe dolorosa junto à cruz do Filho, também vós conhecestes a dor: suavizai os nossos sofrimentos com o vosso olhar maternal e com a vossa protecção. Abençoai os doentes, e quem nestes dias vive no temor, as pessoas que a eles se dedicam com amor e coragem, as famílias com os pequeninos e os mais idosos, a Igreja e a humanidade inteira. Ensinai-nos ainda, ó Mãe, a fazer em cada dia o que o vosso Filho diz à sua Igreja. Lembrai-nos, hoje e sempre, na provação e na alegria, que Jesus carregou sobre si os nossos sofrimentos suportou as nossas dores, e com o seu sacrifício acendeu no mundo a esperança de uma vida que não morre.

Saúde dos enfermos, nossa Mãe e Mãe de todos os homens, rogai por nós.

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4ª Semana da Quaresma com São João da Cruz

UMA CAMINHADA NA NOITE

Leitura e meditação do Evangelho João 9,1-41: Jesus, luz do mundo, cura um cego

As três pistas para pôr em prática esta semana

1. Agradeço regularmente ao Senhor o dom da fé e o do baptismo?

2. Trago à memória momentos em que o orgulho do saber me afastou do Senhor.

3. Começo cada um dos meus períodos de oração fazendo um acto de fé na presença e na acção secreta de Deus, que vai para além do que eu sinto e compreendo?

ORAR EM CADA DIA DA 4ª SEMANA

Segunda-feira, 23 de Março: a fé acima de tudo

Jesus disse: ‘Se não virdes sinais extraordinários e prodígios, não acreditais’. (Jo 4, 48)

«A fé está por cima de todo esse entender, gostar, sentir, imaginar.» (São João da Cruz)

No seguimento de todos aqueles que procuraram Deus, peço: «Senhor, aumenta a minha fé!»

Terça-feira, 24 de Março: desejar o que é verdadeiramente bom

«Queres ser curado?» (Jo 5, 6)

«Com os bens de Deus ganha-se mais numa hora do que com os nossos a vida inteira.» (São João da Cruz)

Estou mesmo convencido de que Deus me pode dar num instante mais do que o fruto de todos os esforços que fiz em toda a minha existência? Se sim, aprendo a pedir a Deus aquilo de que tenho verdadeira necessidade.

Quarta-feira, 25 de Março: celebrar a Anunciação do Senhor

«Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38)

«Chamou então um arcanjo / Que Gabriel se dizia / E enviou-o a uma donzela / Que se chamava Maria / De cujo consentimento / O mistério se fazia; / Na qual a Suma Trindade / De carne o Verbo vestia. / E embora de três a obra, / Somente num se fazia. / Ficou o Verbo encarnado / Em o ventre de Maria.» (São João da Cruz, Romance 8)

Volto-me para a Virgem Maria e, com Ela, digo o meu ‘sim’ a Deus.

Quinta-feira, 26 de Março: investigar as Escrituras

«Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são elas que dão testemunho a meu favor.» (Jo 5, 39)

«Procurai lendo e encontrareis meditando. Chamai orando e abrir-se-vos-á contemplando.» (São João da Cruz)

Quanto tempo consagro à leitura e à meditação da Palavra de Deus?

Sexta-feira, 27 de Março: acompanhar Jesus na Via Sacra

«Porque, se o justo é filho de Deus, Deus há de ampará-lo e tirá-lo das mãos dos seus adversários.» (Sb 2, 18)

«Na tribulação recorre imediatamente a Deus com toda a confiança e serás fortalecido, iluminado e ensinado.» (São João da Cruz)

Esta sexta-feira de quaresma faço a Via Sacra com Jesus; estou particularmente atento à sua atitude diante dos juízes: Ele entrega-Se ao Pai.

Sábado, 28 de Março: a dignidade dada por Deus

«Nunca nenhum homem falou assim!» (Jo 7,46)

«Um só pensamento do homem vale mais que o mundo inteiro. Portanto, só Deus é digno dele.» (São João da Cruz)

Procuro tomar mais consciência da minha dignidade e da dignidade de toda a pessoa.

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4º Domingo da Quaresma – Ano A

Eu sou a luz do mundo. Quem me segue jamais andará nas trevas” (Jo 8,12)

No centro da liturgia do 4º Domingo da Quaresma, Ano A, encontra-se o tema da luz. O Evangelho (Jo 9,1-41) conta o episódio do homem cego de nascença, ao qual Jesus dá a vista. Este sinal milagroso é a confirmação da afirmação de Jesus que diz de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo”, a luz que ilumina as nossas trevas.

Jesus opera a iluminação a dois níveis: ao nível físico e ao nível espiritual. O cego primeiro recebe a vista dos olhos e depois é levado à fé no “Filho do homem”, ou seja, em Jesus. Os prodígios realizados por Jesus não são gestos espectaculares, mas têm a finalidade de levar à fé através de um caminho de transformação interior.

Os fariseus e os doutores da lei obstinam-se em não admitir o milagre, e dirigem perguntas insidiosas ao homem curado, mas ele desconcerta-os com a força da realidade: “uma coisa eu sei: eu era cego e agora vejo”. No meio da indiferença e da hostilidade dos que o circundam e o interrogam incrédulos, ele realiza um itinerário que o leva gradualmente a descobrir a identidade d’Aquele que lhe abriu os olhos e a confessar a fé n’Ele. Primeiro considera-o um profeta; depois reconhece-o como alguém que vem de Deus; por fim, acolhe-o como o Messias e prostra-se diante d’Ele. Entendeu que tendo-lhe dado a vista Jesus manifestou as obras de Deus.

Com a luz da fé aquele que era cego descobre a sua nova identidade. Ele já é uma “nova criatura”, capaz de ver numa nova luz a sua vida e o mundo que o circunda, porque entrou em comunhão com Cristo. Não é mais um mendigo pedinte e marginalizado pela comunidade; não é mais escravo da cegueira e do preconceito. O seu caminho de iluminação é metáfora do percurso de libertação do pecado ao qual somos chamados.

O pecado é como um véu escuro que cobre o nosso rosto e nos impede de ver claramente a nós mesmos e ao mundo; o perdão do Senhor tira esse manto de sombra e de treva e restitui-nos nova luz.

O cego curado, que vê tanto com os olhos do corpo como com os da alma, é a imagem de todo o baptizado, que imerso na Graça foi arrancado das trevas e colocado na luz da fé. Mas não basta receber a luz, é preciso tornar-se luz. Cada um de nós é chamado a acolher a luz divina para manifestá-la com toda a própria vida. A semente de vida nova colocada em nós no Baptismo é como centelha de um fogo, que purifica antes de tudo a nós, queimando o mal que temos no coração, e nos permite brilhar e iluminar. Com a luz de Jesus.

Papa Francisco, Angelus (resumo), 22 de Março, 2020

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São José e os seus devotos

Os devotos de São José são favorecidos de maneira especial por este Santo: 1º) Com o espírito de oração. 2º) Com o dom da castidade. 3º) Com auxílios extraordinários para sair do pecado e afugentar os demónios. 4º) Com uma devoção terníssima a Maria Imaculada. 5º) Com a maior das graças, isto é, com uma doce agonia e uma santa morte.

Santo Henrique de Ossó

Oração

Admirável São José, tu és o maior dos Santos depois de Nossa Senhora. Conheceste a vida íntima da Família de Nazaré, tiveste um trato com Jesus e Maria como mais ninguém. Foste introduzido nos mistérios de como Deus vive nesta terra e transformaste-te à imagem de Jesus e Maria. Acolhe-me e protege-me, neste dia e sempre e auxilia-me em cada momento, para chegar a um amor grande por Jesus e Maria e que este amor possa transformar a minha vida em fonte de amor aos irmãos. Assim seja.

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Solenidade de São José – 19 de Março

Ladainha de S. José

Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo atendei-nos. Jesus Cristo atendei-nos.

Pai do Céu que sois Deus, tende piedade de nós. Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós. S. José, rogai por nós. Honra da família de David, rogai por nós. Glória dos Patriarcas, rogai por nós. Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós. Castíssimo guardião da Virgem Maria, rogai por nós. Amparo do Filho de Deus, rogai por nós. Vigilante defensor de Cristo, rogai por nós. Chefe da Sagrada Família, rogai por nós.

José justíssimo, rogai por nós. José castíssimo, rogai por nós. José prudentíssimo, rogai por nós. José fortíssimo, rogai por nós. José fidelíssimo, rogai por nós.

Espelho de paciência, rogai por nós. Amante da pobreza, rogai por nós. Modelo dos trabalhadores, rogai por nós. Glória dos lares, rogai por nós. Guardião das virgens, rogai por nós. Sustentáculo das famílias, rogai por nós. Consolo dos infelizes, rogai por nós. Esperança dos enfermos, rogai por nós. Advogado dos moribundos, rogai por nós. Terror dos demónios, rogai por nós. Protector da Santa Igreja, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor! Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor! Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós Senhor!

Ele o constituiu Senhor da sua casa. E o fez príncipe de todos os seus bens.

Oração a São José

Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos, nomeadamente na pandemia do coronavírus que está a atingir o nosso mundo. Tomai sob a vossa protecção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.

Ó São José muito amado, em vós depositamos toda a nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto de Jesus e Maria, mostrai-nos que a vossa bondade é igual ao vosso poder.

São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família de sempre, sede o pai e protector das nossas famílias e da família das nações e alcançai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.

São José do perpétuo socorro, rogai por nós, que recorremos a vós. Amen.

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