Santo e Feliz Natal

EPIFANIA

Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura (Lc 2, 10-11).

Em cada Natal Deus oferece de novo ao Homem a resposta ao anseio do seu coração: “Fizeste-nos para vós, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em Vós” (Santo Agostinho).

Através de Jesus Cristo, torna-se visível o Deus invisível: “A partir do momento em que nos deu o seu Filho, que é a sua única e definitiva Palavra, Deus disse-nos tudo ao mesmo tempo e duma só vez e nada mais tem a acrescentar” (S. João da Cruz). Ele torna-se como nós. Isto mostra-nos até que ponto vai o amor de Deus: Ele percorre connosco todos os nossos caminhos para nos abrir as portas da Vida. Deus é infinitamente melhor do que nós acreditamos: mais próximo, mais compreensivo, mais terno, mais audaz, mais amigo, mais alegre, maior do que nós possamos suspeitar. Deus é Deus! O Salvador do mundo nasce como fruto do Amor de Deus por toda a Humanidade. Jesus é o Presente que Deus Pai nos dá para que tenhamos a Vida e a tenhamos em abundância.

Caminhos Carmelitas” deseja-lhe um Santo e Feliz Natal.

Abrir

4º Domingo do Advento – Ano B

Anunciacion_AutorPaoloDeMatteis_DominioPublico

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 1, 26-38)

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.»

Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.

Mensagem

A história de Maria de Nazaré (bem como a de tantos outros “chamados”) responde, de forma clara, que é através de homens e mulheres atentos aos projectos de Deus e de coração disponível para o serviço dos irmãos, que Deus actua no mundo, que Ele manifesta aos homens o seu amor, que Ele convida cada pessoa a percorrer os caminhos da felicidade e da realização plena. A Virgem Maria mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo: através de um “sim” incondicional aos projectos de Deus. É preciso que, através dos nossos “sins” de cada instante, da nossa disponibilidade e entrega, Jesus possa vir ao mundo e oferecer aos nossos irmãos – particularmente aos pobres, aos humildes, aos infelizes, aos marginalizados – a salvação e a vida de Deus.

Maria era uma jovem mulher de uma aldeia obscura dessa “Galileia dos pagãos” de onde não podia “vir nada de bom”. Não consta que tivesse uma significativa preparação intelectual, extraordinários conhecimentos teológicos, ou amigos poderosos nos círculos de poder e de influência da Palestina de então. Apesar disso, foi escolhida por Deus para desempenhar um papel primordial na etapa mais significativa na história da salvação. A história vocacional de Maria deixa claro que, na perspectiva de Deus, não são o poder, a riqueza, a importância ou a visibilidade social que determinam a capacidade para levar a cabo uma missão. Deus age através de homens e mulheres, independentemente das suas qualidades humanas. O que é decisivo é a disponibilidade e o amor com que se acolhem e testemunham as propostas de Deus.

Confrontada com os planos de Deus, Maria responde com um “sim” total e incondicional. Naturalmente, ela tinha o seu programa de vida e os seus projectos pessoais; mas, diante do apelo de Deus, esses projectos pessoais passaram naturalmente e sem dramas a um plano secundário. Na atitude de Maria não há qualquer sinal de egoísmo, de comodismo, de orgulho, mas há uma entrega total nas mãos de Deus e um acolhimento radical dos caminhos de Deus. O testemunho de Maria é um testemunho questionante, que nos interpela fortemente.

É possível alguém entregar-se tão cegamente a Deus, sem reservas, sem medir os prós e os contras? Como é que se chega a esta confiança incondicional em Deus e nos seus projectos? Naturalmente, não se chega a esta confiança cega em Deus e nos seus planos sem uma vida de diálogo, de comunhão, de intimidade com Deus. Maria de Nazaré foi, certamente, uma mulher para quem Deus ocupava o primeiro lugar e era a prioridade fundamental. Maria de Nazaré foi, certamente, uma pessoa de oração e de fé, que fez a experiência do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente n’Ele.

Abrir

Deus de toda a consolação

?????????????????????????????????????????????????????

Não podemos ser mensageiros do consolo de Deus se não experimentarmos primeiro a alegria de ser consolados e amados por Ele. Isto acontece sobretudo quando ouvimos a sua Palavra, o Evangelho, que devemos levar no bolso: não esqueçais isto! O Evangelho no bolso ou na bolsa, para o ler continuamente. E isto dá-nos consolo: quando estamos em oração silenciosa na sua presença, quando nos encontramos com Ele na Eucaristia ou no sacramento do Perdão. Tudo isto nos conforta.

É curioso, mas muitas vezes temos medo do conforto, de ser consolados. Aliás, sentimo-nos mais seguros na tristeza e na desolação. Sabeis porquê? Porque na tristeza quase nos sentimos protagonistas. Na consolação o protagonista é o Espírito Santo! É Ele quem nos consola, é Ele que nos infunde a coragem de sair de nós mesmos. É Ele quem nos leva à fonte de qualquer consolação verdadeira, ou seja, o Pai. Esta é a conversão. Por favor, deixai-vos consolar pelo Senhor! Deixai-vos confortar pelo Senhor!

Papa Francisco

Abrir

Vem entregar-Te já, pois a Ti espero

134257898

É de notar que uma alma que ame verdadeiramente não pode querer satisfazer-se ou contentar-se enquanto não possuir verdadeiramente a Deus. As outras coisas não só não a satisfazem, mas ainda lhe aumentam a fome e o apetite de O ver tal como é. Assim, cada visão que tem do Amado pelo conhecimento, sentimento ou qualquer outra comunicação, equiparando-se eles a mensageiros que trazem à alma notícias suas, ainda mais lhe aumenta e atiça o apetite, como as migalhas numa grande fome. E, porque lhe é doloroso entreter-se com tão pouca coisa, diz: “Vem entregar-Te já, pois a Ti espero”.

São João da Cruz 

Abrir

3º Domingo do Advento – Ano B

pietro-perugino-the-madonna-between-st-john-the-baptist-and-st-sebastian-detail

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 1, 6-8.19-28)

Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.

Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?» Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.» E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.» Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: ‘Rectificai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías.»

Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram: «Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?» João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.» Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar.

Mensagem

Há algo de paradoxal na atitude de muitos dos nossos contemporâneos diante da figura de Jesus Cristo. Por um lado, acreditam que o conhecem e julgam não ter muito que aprender sobre ele. Por outro lado, a sua ignorância sobre a pessoa e a mensagem de Jesus é quase absoluta. “Entre vós está alguém que vós não conheceis”. Estas palavras são pronunciadas por João Baptista referindo-se a Jesus.

É certo que na Igreja estamos sempre a falar de Jesus. Em teoria, não há nada mais importante para nós. Porém, corremos sempre o risco de nos voltarmos demasiadamente para as nossas ideias, projectos e actividades que, frequentemente, somos nós mesmos que, sem nos darmos conta, o “ocultamos” com o nosso protagonismo. Corremos o risco de nos dizermos“cristãos”, e no nosso coração, Jesus está ausente. Não o conhecemos, não vibramos por ele, diz-nos pouco. Estamos necessitados de Jesus. A figura de João Baptista anima-nos a despertar hoje para esta atitude tão necessária.

No meio da escuridão desta sociedade, precisamos de testemunhas da luz que nos chega a partir de Jesus, crentes que despertem o desejo por Jesus. Testemunhas humildes que, ao estilo de João Baptista, não se atribuam nenhuma função que concentre a atenção em si próprias, roubando o protagonismo a Jesus.

As testemunhas de Jesus não falam de si mesmas. A palavra mais importante é sempre não a sua mas a de Jesus. Fazem silêncio, escutam, para que Jesus lhes possa dizer algo. Na realidade, a testemunha não tem a palavra. É somente “uma voz” que anima todos a “aplanar” o caminho que nos possa levar a Jesus.

No nosso mundo, porém, apesar de muitas trevas, há muitas testemunhas humildes e simples que, no meio de tanto desânimo e desconcerto, são luz, pois nos ajudam com a sua vida a sentir a proximidade de Jesus. Elas nos ensinam e recordam que“o cristão é um homem ou uma mulher de esperança”, porque “sabe que o Senhor veio, vem e virá”.

Abrir

São João da Cruz – 14 de Dezembro

Nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, em Espanha, em 1542. Entrou na Ordem do Carmo aos 21 anos de idade. Desde o início, tinha o grande desejo de levar uma vida mais austera, mais fiel à Regra de Santo Alberto. Uma conversa providencial com Teresa de Jesus impediu-o de sair da Ordem e fez com que se tornasse a pessoa chamada por Deus para iniciar a reforma do Carmelo masculino. No dia 28 de Novembro de 1568, em Duruelo, Frei João da Cruz inicia a primeira comunidade reformada de religiosos Carmelitas contemplativos.

João sofreu muito da parte dos seus próprios confrades que o prenderam em prisão domiciliária durante nove meses. Mas foram estes mesmos sofrimentos que o ajudaram a relativizar tudo em vista do absoluto de Deus e a aprofundar o sentido da vida. O resultado destas experiências, ele as comunicava nas suas meditações, nas inúmeras cartas e nos seus escritos: “Subida do Monte Carmelo”, “Noite Escura”, “Cântico Espiritual” e “Chama Viva de Amor” que, até hoje, estão entre os escritos mais lidos da mística.

Frei João da Cruz foi um grande místico contemplativo. Ele ensina-nos a relativizar as ideias e as imagens que temos de Deus. Deus é sempre maior do que tudo aquilo que a respeito dele pensamos ou afirmamos. João da Cruz ensina que a nossa segurança não pode estar nas nossas ideias sobre Deus, mas sim em Deus, Ele mesmo.

Abrir

Solenidade da Imaculada Conceição

imaculada_conceicao1

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (1, 26-38)

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.

Mensagem

Ao contrário de nós, Maria, visitada por Deus, não foge, não se esconde de si mesma, não se esconde de Deus, não esconde Deus na sua vida. Tinha consagrado a Deus toda a sua vida, a sua virgindade. Maria não se esconde de Deus nem esconde Deus. Expõe-se, na sua verdade e simplicidade, ao imenso clarão de Deus. É assim que se expõe a Deus e que expõe Deus, recebendo e aceitando com amor intenso a sua nova Vocação que lhe vem de Deus. Maria vai ser a Mãe, não de um filho, mas do Filho há muito ansiado, esperado e anunciado nas páginas da Escritura Santa Antiga. É o Filho de Deus, totalmente consubstancial a Deus, e é o Filho de Maria, totalmente consubstancial à sua Mãe. Por isso, «Alegra-te, Maria, não tenhas medo», «o Senhor está contigo»

«Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra». Deus chama, mas não impõe. A Maria, e a cada um de nós. Podemos sempre aceitar Deus ou esconder-nos de Deus. Deixar Deus entrar, ou fechar-lhe a porta. Maria aceitou, e, por isso, todas as gerações a proclamarão Bem-aventurada.

Foi o Concílio de Basileia (1439) que sugeriu a definição do dogma da Imaculada Conceição, proclamado depois por Pio IX em 8 de Dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus. Note-se que o termo «concepção», na linguagem bíblica, indica a totalidade da existência. O velho orante do Salmo 71, olhando retrospectivamente para a sua vida de fidelidade e de amor, exclama extasiado: «Sobre ti me apoiei desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe» (Salmo 71,6). Assim também, a existência de Maria está, desde o seu início, sob a protecção de Deus, marcada com o selo de Deus, não estando nunca sob o selo do pecado original, que mostra a existência humana marcada por um projecto alternativo ao de Deus.

Esta celebração da Mãe de Deus e nossa Mãe e Padroeira Principal de Portugal é um desafio imenso para o homem que se esconde de si mesmo, que continua a esconder-se de Deus, e que pretende esconder Deus, retirando-o da via pública e da vida pública.

Abrir

2º Domingo do Advento – Ano B

caminhando-no-deserto

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 1, 1-8)

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías: «Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, a fim de preparar o teu caminho. Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».

João Baptista apareceu no deserto, a pregar um baptismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias. Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo».

Mensagem

No deserto aparece um profeta diferente. Vem para “preparar o caminho do Senhor”. A reacção do povo é comovedora. Segundo o evangelista, deixam a Judeia e Jerusalém e caminham para o “deserto” a fim de escutar a voz que os chama. O deserto recorda-lhes a sua antiga fidelidade a Deus, seu amigo e aliado, porém, sobretudo, é o melhor lugar para escutar o apelo à conversão. Ali o povo toma consciência da situação em que vive; experimenta a necessidade de mudar. Segundo Marcos, “confessavam os seus pecados e João baptizava-os”.

A conversão que necessita o nosso modo de viver o Cristianismo não pode ser improvisada. Requer um longo tempo de recolhimento e trabalho interior. Passarão anos até que sejamos mais verdadeiros na Igreja e reconheçamos a conversão que necessitamos para acolher, mais fielmente, Jesus Cristo no centro do nosso Cristianismo. Esta pode ser hoje a nossa tentação: não escutar nenhuma voz que nos convide a mudar. Distrair-nos com qualquer coisa para esquecer os nossos medos e disfarçar a nossa falta de coragem para acolher a verdade de Jesus Cristo.

Não poucos cristãos praticantes compreendem a sua fé como uma “obrigação”. Esta maneira de entender e viver a fé gera um tipo de cristão aborrecido, sem desejo de Deus e sem criatividade nem paixão alguma por difundir a sua fé. Basta “cumprir”. Esta religião não tem atracção alguma; converte-se num peso difícil de suportar. Não estava equivocada Simone Weil quando escrevia que “onde falta o desejo de encontrar-se com Deus, ali não há crentes, mas pobres criaturas de pessoas que se dirigem a Deus por medo ou por interesse”.

É de grande importância, tomar consciência de que a fé é um caminho. E no caminho há de tudo: caminhada alegre e momentos de busca, provas que se deve superar e retrocessos, decisões inevitáveis, dúvidas e interrogações. Tudo é parte do caminho. No caminho cristão há etapas: as pessoas podem viver momentos e situações diferentes. O importante é “caminhar”, não deter-se, escutar o chamamento que a todos é feito para viver de maneira mais digna e feliz. Este pode ser o melhor modo de “preparar o caminho do Senhor”.

Abrir

Vá a Jesus

Adorazione_eucaristica

Vá a Jesus como ao amigo mais íntimo e conte-lhe tudo o que se passa na sua alma. Ninguém como Ele penetra o seu coração. Ninguém como Ele saberá curar as feridas da sua alma, porque vê com luz e poder infinitos e dá o remédio. Além do mais, ninguém como Jesus o ama tanto, uma vez que deu a Sua vida para dar-lhe o Céu. 

Santa Teresa dos Andes

Abrir