Pequenez e santidade

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Bem sabeis, minha Madre, que sempre desejei ser santa. Mas, ai de mim! Sempre verifiquei, ao comparar-me com os Santos, que há entre eles e eu a mesma diferença que existe entre uma montanha, cujo cume se perde nos céus, e o obscuro grão de areia pisado pelos pés dos caminhantes. Em vez de desanimar, disse para comigo: Deus não pode inspirar desejos irrealizáveis. Posso, portanto, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade.

Santa Teresinha do Menino Jesus

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Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus – 1 de Outubro

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Teresinha nasceu no seio de uma família profundamente cristã. Os seus pais foram um casal ideal: o pai relojoeiro, a mãe bordadeira do famoso ponto de Alençon. As suas quatro irmãs abraçaram a Vida Religiosa. Três foram carmelitas no mesmo Carmelo de Lisieux, onde viveu Teresinha os seus jovens anos. Teresinha era a irmã mais nova (1873-1897). As suas quatro irmãs tiveram a sorte de a ver nos altares canonizada por Pio XI em 1925. Alguma delas terá também a sorte de ver como se inicia a causa da canonização dos seus pais.

Da vida de Teresinha conhecemos quase tudo: a sua vida em família, porque ela a contou deliciosamente na primeira parte do livro «História de uma Alma». A sua vida no Carmelo, desde os 16 aos 24 anos, porque foi meticulosamente investigada e testemunhada nos processos da beatificação e canonização, hoje publicados. Conhecemos também a sua constante “presença” entre os homens depois da morte, porque Teresinha prometeu «passar o Céu a fazer o bem sobre a terra» e tem cumprido sua palavra em proporções fabulosas.

Os factos mais destacados da sua vida em família são: o seu despertar precoce: «desde a idade de três anos, comecei a não negar nada a Deus de tudo o que me pedia»; a morte de sua mãe, quando Teresinha tinha apenas quatro anos (recordada e contada por ela em pormenor); a mudança da família de Alençon para Lisieux (aos quatro anos); o grande acontecimento da sua primeira comunhão (aos onze anos); a doença de Teresinha (aos dez anos) curada prodigiosamente pelo sorriso da Virgem Maria e o drama da sua vocação para o Carmelo, que a fará recorrer pessoalmente ao Papa Leão XIII para vencer os últimos obstáculos e entrar no Carmelo aos quinze anos. Por esta altura já ela tinha vivido a graça de uma profunda conversão pessoal, e descoberto o poder da oração e sua profunda vocação orante, que coincide com o julgamento do criminoso Pranzini.

No Carmelo, Teresinha era feliz. Porém com a bem-aventurança dos que sofrem. Na clausura assiste de coração destroçado à doença de seu pai que tem de ser internado num hospital psiquiátrico. Ela propõe a si mesma fidelidade absoluta à vida carmelita e fá-lo desde o primeiro momento. Alimenta-se espiritualmente com os escritos de São João da Cruz. Faz a sua Profissão Religiosa depois de longa espera e muitos atrasos, quando completou dezassete anos. Para além dos votos religiosos, e de forma muito secreta, faz a sua entrega total; é uma oração delicada e atrevida, escrita num simples bocado de papel, mas que chegou até nós. Ao fim de pouco tempo passa a ser ajudante da mestra de noviças. Sem título. Mas rapidamente se torna uma verdadeira mestra espiritual. Cuida das almas como se fossem autênticas jóias. Alterna os trabalhos mais humildes com a tarefa espontânea de escrever poemas. Pinta quadros. Redige com a maior intimidade a primeira parte da «Historia de uma Alma», como um pequeno ramalhete de recordações familiares para a sua irmã Paulina.

Inesperadamente, chega-lhe a oferta de um irmão sacerdote. E logo outro. Dois jovens que depois das ordenações partem para as missões. E que durante a sua vida se apoiaram nas orações da Teresinha.

«Orar pelos sacerdotes missionários» será uma segunda missão da sua vida de carmelita. Na noite de Quinta-Feira para Sexta-Feira Santa de 1896, Teresinha tem a sua primeira hemoptise, triste porta de entrada para a sua doença. Pouco depois, entra na noite da fé, terrível prova purificadora que a acompanhará até à morte. Gravemente doente, escreve as duas últimas partes de «Historia de uma Alma», cujas páginas finais têm de ser escritas a lápis por já não segurar a caneta.

Pouco antes de entrar na «noite», Teresinha escreveu para si uma oração com sentido sacrificial, como se fosse ofertório da sua vida: é o «Acto de oferta ao amor misericordioso de Deus».

Os longos meses de enfermidade foram de um enorme exemplo e riqueza espiritual. O seu quarto converteu-se pouco a pouco numa sala de aulas de teologia espiritual e de santidade. Por fim, as irmãs que a assistem mais de perto decidem apontar em vários cadernos as diferentes etapas da sua doença, palavras e reacções, tais como «a paixão e morte de Teresinha» (será sob este título que, meio século depois, um teólogo analisará aquelas vivências). Essas pérolas possuimo-las hoje num precioso livro com o título «Ultimas Conversações».

Teresinha morreu a 30 de Setembro de 1897, aos 24 anos de idade. Só um ano depois se publicou timidamente «História de um Alma», que rapidamente se difundiu no mundo inteiro em milhões e milhões de exemplares, e em tantas línguas como nunca acontecera com livro algum, quer de literatura, quer de espiritualidade. Comparável unicamente à difusão da Bíblia. O grande contributo e o grande acontecimento de Teresinha foi o seu caminho de infância espiritual: versão viva e límpida do Evangelho de Jesus, vivido com toda a sensibilidade e radicalidade. Nele reafirma o valor e a fecundidade do amor. O valor das pequenas acções. A confiança sem limites. A fé na acção e na graça de Deus. Para ela,«tudo é graça». As suas parábolas predilectas, semelhantes às de Jesus, são: o elevador, a bola-brinquedo, a florzinha desprendida do muro…

Teresinha acredita na força da oração. De jovem, aos 14 anos, reza com toda a sua alma pelo desgraçado Pranzini. Mais tarde, de carmelita, ora e oferece a sua vida pelos sacerdotes e missionários, inclusive pelos anónimos e desconhecidos. Descobre que a quinta essência da sua vida contemplativa é desempenhar no coração da Igreja o serviço do amor: «no coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor». Teresinha oferecerá a sua oração eucarística e a sua última comunhão, já no leito de morte, pela conversão de um sacerdote, então tristemente célebre, o ex-padre Jacinto Loison.

Os seus pais, Luis e Célia, sobem com ela a glória dos altares no dia 19 de Outubro de 2008, Dia Mundial das Missões, ao serem beatificados.

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Festa de Santa Teresinha

Catequese do Papa Bento XVI sobre Santa Teresinha

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de vos falar de Santa Teresa de Lisieux, Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, que viveu neste mundo apenas 24 anos, no final do século XIX, levando uma vida simples e oculta, mas que depois da sua morte e da publicação dos seus escritos, se tornou uma das santas mais conhecidas e amadas. A “pequena Teresa” não deixou de ajudar as almas mais simples, os pequenos, os pobres, os que sofrem e os que lhe rezam, mas também iluminou toda a Igreja, com a sua profunda doutrina espiritual, de tal forma que o Venerável João Paulo II, em 1997, quis dar-lhe o título de Doutora da Igreja, acrescentado ao título de Padroeira das Missões, dado por Pio XI, em 1939. O meu querido predecessor definiu-a como uma “especialista na ‘scientia amoris'” (Novo millennio ineunte, 27). Esta ciência, que vê brilhar no amor toda a verdade da fé, Teresa expressa-se principalmente no relato da sua vida, publicado um ano após a sua morte com o título de “História de uma alma”. É um livro que foi de imediato um enorme sucesso; foi traduzido para muitas línguas e distribuído em todo o mundo. Eu gostaria de vos convidar a redescobrir este pequeno-grande tesouro, este luminoso comentário do Evangelho plenamente vivido! “História de uma alma”, de facto, é uma maravilhosa história de amor, contada com tal autenticidade, simplicidade e frescura, que o leitor não pode deixar de ficar fascinado! No entanto, qual é esse amor que preencheu a vida de Teresa, desde a infância até à sua morte? Queridos amigos, este amor tem um rosto, tem um nome, é Jesus! A santa fala continuamente de Jesus. Percorramos, então, as grandes etapas de sua vida, para entrar no coração de sua doutrina. Teresa nasceu a 2 de Janeiro de 1873, em Alençon, uma cidade da Normandia, França. Foi a última filha de Luis e Célia Martin, esposos e pais exemplares, beatificados os dois a 19 de Outubro de 2008. Tiveram 9 filhos, dos quais 4 morreram na infância. Restaram 5 filhas, que se tornaram todas religiosas. Teresa, aos 4 anos, foi profundamente afectada pela morte da sua mãe (Ms A, 13r). O pai, com as filhas, mudou-se então para a cidade de Lisieux, onde se desenvolveu toda a vida da santa. Mais tarde, Teresa, sofrendo uma doença nervosa grave, curou-se devido a uma graça divina, que ela definiu como “o sorriso de Nossa Senhora” (ibid., 29v-30v). Recebeu a Primeira Comunhão, vivida intensamente (ibid., 35r), e colocou Jesus Eucaristia no centro da sua existência. A “Graça do Natal” de 1886 marcou um ponto de viragem, ao que ela chamou de “conversão completa” (ibid., 44v-45r). De facto, ela curou-se totalmente da sua hipersensibilidade infantil e iniciou um “caminho de gigante”. Na idade de 14 anos, Teresa aproximou-se cada vez mais, com muita fé, de Jesus Crucificado, e levou muito a sério o caso, aparentemente desesperado, de um criminoso condenado à morte e impenitente (ibid., 45v-46v). “Eu queria a todo custo evitar que ele fosse para o inferno”, escreveu a santa, com a certeza de que a sua oração o teria colocado em contacto com o sangue redentor de Jesus. É a sua primeira e fundamental experiência da maternidade espiritual: “Tão confiante estava na infinita misericórdia de Jesus”, escreveu. Com Maria Santíssima, a jovem Teresa ama, crê e espera, com “um coração de mãe” (cf. PR 6/10r).

Em Novembro de 1887, Teresa vai em peregrinação a Roma, com o seu pai e a sua irmã Celina (ibid., 55v-67r). Para ela, o momento culminante foi a audiência do Papa Leão XIII, a quem pede autorização para entrar, com apenas 15 anos, no Carmelo de Lisieux. Um ano depois, o seu desejo foi realizado: ela torna-se carmelita, para “salvar almas e rezar pelos sacerdotes” (ibid., 69v). Ao mesmo tempo, começou a dolorosa e humilhante doença mental do seu pai. É um grande sofrimento que leva Teresa à contemplação do Rosto de Jesus na sua Paixão (ibid., 71rv).

Assim, o seu nome religioso – Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face – expressa o programa de toda a sua vida, na comunhão com os mistérios centrais da Encarnação e da Redenção. A sua profissão religiosa, na festa da Natividade de Maria, em 8 de Setembro de 1890, é para ela um verdadeiro matrimónio espiritual, na “pequenez” do Evangelho, que se caracteriza pelo símbolo da flor: “Que festa bonita a Natividade de Maria para me tornar a esposa de Jesus!”, escreve. Era a pequena Virgem Santa de um dia que apresentava a sua pequena flor ao Menino Jesus (ibid., 77r). Para Teresa, ser religiosa significa ser esposa de Jesus e mãe das almas (cf. Ms B, 2v). No mesmo dia, a santa escreveu uma frase que mostra a orientação da sua vida: pede a Jesus o dom do seu amor infinito, de ser a menor e, especialmente, pede a salvação de todos os homens: “Que nenhuma alma se condene hoje” (Pr 2). De grande importância é o seu Acto de Oferenda ao Amor Misericordioso, feito na Festa da Santíssima Trindade em 1985 (Ms A, 83v-84r; Pr 6): uma oferta que Teresa partilhou com as suas irmãs, sendo já auxiliar da mestra de noviças.

Dez anos após a “Graça do Natal”, em 1896, chega a “Graça da Páscoa”, que abre o último período da vida de Teresa, com o início da sua paixão profundamente unida à Paixão de Jesus; trata-se da Paixão do corpo, com a doença que a levou à morte através de grandes sofrimentos, mas acima de tudo trata-se da paixão da alma, com uma muito dolorosa prova de fé (Ms C, 4v-7v). Com Maria, junto à cruz de Jesus, Teresa vive agora a fé mais heróica, como luz nas trevas que invadem a sua alma. A carmelita tem a consciência de viver esta grande prova para a salvação de todos os ateus do mundo moderno, chamados por ela de “irmãos”. Ela viveu, então, mais intensamente o amor fraterno (8r-33v): com as irmãs da sua comunidade, com os seus irmãos espirituais missionários, com os sacerdotes e com todos os homens, especialmente aqueles mais distantes. Ela torna-se uma “irmã universal”! A sua caridade amável e sorridente é a expressão da profunda alegria cujo segredo nos revela: “Jesus, minha alegria é amar-te” (P 45/7). Neste contexto de sofrimento, vivendo o maior amor nas menores coisas da vida quotidiana, a santa leva ao pleno cumprimento a sua vocação de ser o amor no Coração da Igreja (cf. Ms B, 3v).

Teresa morreu na noite de 30 de Setembro de 1897, dizendo as palavras simples: “Meu Deus, eu te amo!”, olhando para o crucifixo, que apertava com as mãos. Estas últimas palavras da santa são a chave de todos os seus ensinamentos, da sua interpretação do Evangelho. O acto de amor, expresso no seu último suspiro, era como a respiração contínua da sua alma, como o bater do seu coração. As simples palavras “Jesus, eu te amo” são o centro de todos os seus escritos. O acto de amor a Jesus introdu-la na Santíssima Trindade. Ela escreveu: “Ah, tu sabes, divino Jesus, eu te amo, / o espírito de Amor inflama-me com seu fogo / e, amando-te, eu atraio o Pai” (P 17/2).

Queridos amigos, também nós, com Santa Teresinha do Menino Jesus, podemos repetir cada dia ao Senhor, que queremos viver de amor a Ele e aos outros, aprender na escola do santos a amar de maneira autêntica e total. Teresa é um dos “pequenos” do Evangelho, que são guiados por Deus nas profundezas do seu mistério. Uma guia para todos, especialmente para os que, no povo de Deus, desenvolvem o ministério de teólogos. Com a humildade e a fé, caridade e esperança, Teresa entra continuamente no coração das Sagradas Escrituras, que contêm o mistério de Cristo. E essa leitura da Bíblia, alimentada pela ciência do amor, não se opõe à ciência académica. A ciência dos santos, de facto, da qual ela fala na última página de “História de uma alma”, é a ciência mais alta: “Todos os santos a entenderam; em particular, talvez, aqueles que encheram o universo com a irradiação do ensinamento do Evangelho. Não será, talvez, por meio da oração, que os santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e muitos outros ilustres amigos de Deus obtiveram essa ciência divina que encanta os maiores génios?” (Ms C, 36r). Inseparável do Evangelho, a Eucaristia é, para Teresa, o sacramento do Amor Divino que desce até ao extremo para nos elevar até Ele. Na sua última carta, a santa escreveu estas simples palavras sobre a imagem que representa o Jesus Menino na Hóstia Consagrada: “Não posso temer um Deus que por mim se tornou tão pequeno! (…) Eu o amo! De facto, Ele é só Amor e Misericórdia!” (LT 266).

No Evangelho, Teresa descobre sobretudo a misericórdia de Jesus, a ponto de dizer: “Ele deu-me a sua misericórdia infinita; através dela contemplo e adoro as demais perfeições divinas! (…) E então todas me parecem radiantes de amor; a própria justiça (e talvez mais do que qualquer outra), parece-me revestida de amor” (Ms A, 84r). Assim se expressa também nas últimas linhas da “História de uma alma”: “Basta folhear o Santo Evangelho e imediatamente respiro o perfume da vida de Jesus e sei para onde correr… Não é ao primeiro lugar, mas ao último que me dirijo… Sim, eu o sinto; inclusive se tivesse sobre a consciência todos os pecados que se podem cometer, iria com o coração partido de arrependimento lançar-me nos braços de Jesus, porque sei o quanto Ele ama o filho pródigo que volta para Ele” (Ms C, 36v-37r). “Confiança e amor” são, portanto, o ponto final do relato da sua vida, duas palavras que, como faróis, iluminaram todo o seu caminho de santidade, para poder guiar no seu próprio “pequeno caminho de confiança e amor”, da infância espiritual (cf. Ms C, 2v-3r; LT 226). Confiança como a da criança que se abandona nas mãos de Deus, inseparável pelo compromisso forte, radical do verdadeiro amor, que é o dom total de si mesmo, para sempre, como diz a santa, contemplando Maria: “Amar é dar tudo, é dar-se a si mesmo” (P 54/22). Assim, Teresa indica a todos nós que a vida cristã consiste em viver em plenitude a graça do Baptismo, no dom total de si ao amor do Pai, para viver como Cristo, no fogo do Espírito Santo, o seu próprio amor aos outros.

Bento XVI

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Perfeição

A perfeição consiste em fazer a vontade de Deus, em ser o que Ele quer que sejamos.

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Crê somente

Jesus está no tabernáculo expressamente para ti, para ti só, Ele arde no desejo de entrar no teu coração. Não tenhas pena de não sentir nenhuma consolação nas tuas comunhões, é uma provação que é preciso suportar com amor.

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Para mim a oração é …

Para mim a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o Céu, um grito de gratidão e amor no meio da provação como no meio da alegria.

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De mãos dadas

Para que um sermão sobre a Santíssima Virgem me atraia e faça bem, é preciso que eu veja a sua vida real e não a sua suposta vida. Mostram-no-la inatingível; seria necessário mostrá-la imitável, destacar as suas virtudes, dizer que ela viveu da fé como nós, provar isso com o Evangelho, no qual lemos: “Eles não compreenderam o que Ele lhes dizia”.

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Pequenez

Ó Mãe bem-amada, apesar da minha pequenez, como tu, possuo em mim o Omnipotente.

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