Ano da Fé – XXIV

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O baptismo de Jesus

Baptizar significa “imergir”. No seu baptismo, Jesus imergiu simbolicamente na história de pecado de toda a humanidade. Ao fazê-lo, toma sobre si os nossos pecados e compreende o seu baptismo como uma interpretação antecipada do seu sofrimento, morte e da sua ressurreição. Jesus é o Filho amado do Pai, mas, a intimidade divina, em vez de O separar une-O aos pecadores. Deus está próximo de quem se reconhece pobre e necessitado de ser salvo. O Pai fala, regozijando-se com o seu Filho, autenticando a sua missão, atestando a autoridade da sua Palavra, desvelando a sua identidade e comunica-lhe o poder do Espírito Santo para que possa realizar a sua missão. O que Jesus era desde a sua concepção é agora revelado ao mundo.

À luz dos acontecimentos da Páscoa, a imersão no rio Jordão surge quase como que o prelúdio do supremo “baptismo” nas águas da morte pelos nossos pecados, enquanto a primeira apresentação pública do Messias anuncia antecipadamente a entronização na glória da ressurreição. A Igreja compreendeu que Jesus tinha vindo santificar o rito do baptismo e dar-lhe, graças ao seu baptismo de sangue – isto é, a sua paixão e a sua morte – e graças à sua ressurreição, o valor de salvação para toda a humanidade.

Existe uma comunhão entre pecadores e justos, porque, efectivamente, não existem justos (Gertrud von le Fort).

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