Cristo ressuscitou dos mortos

Cristo ressuscitou dos mortos! Nestes dias de Páscoa que estamos celebrando na liturgia, ouçamos o apóstolo Paulo que nos apresenta a ressurreição de Jesus como fundamento da nossa fé e esperança. Na sua primeira Carta aos Coríntios, sintetiza o anúncio da fé assim: Jesus morreu por nossos pecados, foi sepultado e, no terceiro dia, ressuscitou e apareceu a Pedro e aos doze. Isso quer dizer que a fé não nasce de uma ideologia ou de uma reflexão, mas de um acontecimento que foi testemunhado pelos primeiros discípulos de Jesus. A fé nasce da manhã de Páscoa, com o sepulcro vazio: a morte não teve a última palavra. Por isso Paulo faz um elenco das pessoas a quem Jesus ressuscitado apareceu, tendo sido ele também uma destas testemunhas, quando o Senhor se lhe manifestou no caminho de Damasco. A experiência cristã, portanto, é perceber que é Deus que vem ao nosso encontro: Ele não nos deixa sozinhos nos sepulcros dos nossos pecados, incertezas e fraquezas, mas se faz para sempre presente ao nosso lado, através de Cristo ressuscitado.

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 19 de Abril de 2017

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Frases sobre a Ressurreição de Cristo

– A ressurreição de Cristo é a nossa esperança (Santo Agostinho).

– A fé em Cristo crucificado e ressuscitado é o âmago de toda a mensagem evangélica, o núcleo do nosso Credo (Bento XVI).

– O mistério da Ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra o nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido (Catecismo §1169).

– O Senhor está vivo e quer ser procurado entre os vivos. Depois de O ter encontrado, cada um é enviado por Ele para levar o anúncio da Páscoa, para suscitar e ressuscitar a esperança nos corações pesados de tristeza, em quem sente dificuldade para encontrar a luz da vida. Há tanta necessidade disto hoje. Esquecendo-nos de nós mesmos, como servos jubilosos da esperança, somos chamados a anunciar o Ressuscitado com a vida e através do amor; caso contrário, seremos uma estrutura internacional com um grande número de adeptos e boas regras, mas incapaz de dar a esperança de que o mundo está sedento (Papa Francisco).

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Capítulo do Comissariado Geral da Ordem do Carmo em Portugal

Desde ontem, 18 de Abril, que, sob a presidência do seu Superior Geral, Pe. Fernando Millán Romeral, e com a presença do Conselheiro para a Europa, Pe. John Keating, a Ordem do Carmo em Portugal – Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo – se encontra reunida em Capítulo (Assembleia Trienal Electiva), na sua Casa São Nuno, em Fátima.

Neste encontro, que terminará a 20 de Abril, o Frei Ricardo dos Reis Rainho foi reeleito, por mais um triénio, Superior Maior do Comissariado Geral da Ordem do Carmo em Portugal.

Foram ainda eleitos para o Governo da Ordem, como Conselheiros, os Freis: Agostinho Marques de Castro, Rogério da Silva Torres, Manuel Ribeiro de Freitas e Fernando Manuel Afonso Araújo.

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Ressurreição e esperança

Mas a primeira pedra a fazer rolar para o lado nesta noite (noite da vigília pascal) é esta: a falta de esperança, que nos fecha em nós mesmos. O Senhor nos livre desta terrível armadilha: sermos cristãos sem esperança, que vivem como se o Senhor não tivesse ressuscitado e o centro da vida fossem os nossos problemas.

Papa Francisco

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Foi retirada a pedra do sepulcro

Com a Ressurreição, Cristo não deitou por terra apenas a pedra do sepulcro, mas quer fazer saltar também todas as barreiras que nos fecham nos nossos pessimismos estéreis, nos nossos mundos conceptuais bem calculados que nos afastam da vida, nas nossas obcecadas buscas de segurança e nas ambições desmesuradas capazes de jogar com a dignidade alheia.

Papa Francisco

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O sepulcro está vazio

Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, Filho de Maria, que ao pôr do sol de sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo.

Bento XVI

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Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor – Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 20, 1-9)

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Mensagem

Ninguém esperava a Ressurreição. Para os discípulos, a Cruz era o fim da esperança, a maior desilusão possível. Se juntarmos a isto o facto de que todos os Doze traíram Jesus (ou por dinheiro, ou por covardia), podemos imaginar o ambiente pesado que havia entre eles na manhã de Domingo. É neste ambiente e situação que recebem a notícia de que o sepulcro está vazio. Pedro e o Discípulo Amado correm até lá e verificam que ele está vazio, tal como Maria Madalena lhes dissera.

A nossa fé não está baseada num sepulcro vazio! Não é o sepulcro vazio que fundamenta a nossa fé na Ressurreição, mas, pelo contrário, é a experiência da presença de Jesus Ressuscitado que explica o motivo porque o sepulcro está vazio!

Hoje em dia, quando olhamos para o mundo ao nosso redor, é fácil não acreditar na vitória da vida sobre a morte. Só uma experiência profunda da presença de Jesus libertador no meio da comunidade poderá sustentar-nos na construção do Reino de Deus, com fé na vitória final do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas, da graça sobre o pecado! 

Ainda hoje, a ressurreição acontece. Ela faz-nos experimentar a presença libertadora de Jesus na comunidade, na vida de cada dia e leva-nos a cantar: “Quem nos separará do amor de Cristo? Se ele é por nós, quem será contra nós?” Nada, ninguém, autoridade nenhuma é capaz de neutralizar o impulso criador da ressurreição de Jesus.

A Ressurreição “Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, Filho de Maria, que ao pôr do sol de sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo” (Bento XVI).

Palavra para o caminho

Com a Ressurreição, Cristo não deitou por terra apenas a pedra do sepulcro, mas quer fazer saltar também todas as barreiras que nos fecham nos nossos pessimismos estéreis, nos nossos mundos conceptuais bem calculados que nos afastam da vida, nas nossas obcecadas buscas de segurança e nas ambições desmesuradas capazes de jogar com a dignidade alheia (Papa Francisco).

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Pensamentos sobre a Paixão de Jesus

– Na Cruz é o próprio Deus que mendiga  o amor da sua criatura. Ele tem sede do amor de cada um de nós (Bento XVI).

– As chagas de Jesus Cristo ferem os corações mais duros e aquecem as almas mais frias (São Boaventura).

– Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo (São Boaventura).

– Vale mais uma lágrima derramada ao lembrar a Paixão, do que o jejum a pão e água em cada semana (Santo Agostinho).

– Choro as dores e humilhações do meu Senhor. O que mais me faz chorar é que os homens, por quem Ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele (São Francisco de Assis).

– Jesus Cristo, morrendo, apagou a nossa condenação com o seu sangue para que assim recuperássemos a esperança do perdão e da salvação eterna (Santo Afonso Maria de Ligório).

– O bem que Jesus alcançou com a sua morte é maior do que o dano causado pelo demónio com o pecado (São Leão Magno).

– Vós, Redentor, amastes o homem de tal modo que, quem considerar este amor, não pode deixar de vos amar. O vosso amor faz violência aos corações (São João de Ávila).

– O que nos faz cristãos é seguir Jesus. Nada mais. Este seguimento de Jesus não é algo abstracto e teórico. Significa seguir os seus passos, comprometer-nos com ele a “humanizar a vida”, e viver assim contribuindo para que, pouco a pouco, se vá tornando realidade o seu projecto de um mundo onde reine Deus e a sua justiça. Isto quer dizer que os seguidores de Jesus são chamados a pôr verdade onde há mentira, a introduzir justiça onde há abusos e crueldade com os mais fracos, a reclamar compaixão onde há indiferença e passividade diante dos que sofrem. E isto exige construir comunidades onde se viva com o projecto de Jesus, com o seu espírito e as suas atitudes. Seguir Jesus deste modo traz, mais cedo ou mais tarde, conflitos, problemas e sofrimento. Tem de se estar disposto a arcar com as reacções e as resistências daqueles que, por uma razão ou outra, não buscam um mundo mais humano, tal como o quer o Deus revelado em Jesus (J. A. Pagola).

– Por meio da Cruz de Cristo o maligno é vencido, a morte é derrotada, a vida é-nos doada, a esperança é-nos restituída. Isto é importante: por meio da Cruz de Cristo é-nos restituída a esperança. A Cruz de Jesus é a nossa única esperança verdadeira! (Papa Francisco).

– Eis por que a Igreja «exalta» a santa Cruz, e eis por que nós cristãos abençoamos com o sinal da cruz. Ou seja, nós não exaltamos as cruzes, mas a Cruz gloriosa de Jesus, sinal do amor imenso de Deus, sinal da nossa salvação e caminho rumo à Ressurreição. E é esta a nossa esperança (Papa Francisco).

– A cruz, na verdade, significa que Deus mesmo é um sofredor, que por meio de seus sofrimentos Ele nos quer bem, nos ama (Bento XVI).

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Via Sacra: 14ª Estação

14ª ESTAÇÃO – Jesus é sepultado

V. Nós Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus!

R. Pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho segundo S. João (Jo 19, 40-42): Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus. No sítio em que Ele tinha sido crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Como para os judeus era o dia da Preparação da Páscoa e o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus.

No Gólgota havia um jardim e foi ali que sepultaram Jesus. O jardim remete-nos para o início da criação, para o sonho de Deus ao colocar os nossos primeiros pais no Jardim do Paraíso. Deus não descansa enquanto o homem não abraçar o plano de felicidade que Deus sonhou para ele. Em Jesus, podemos regressar ao Jardim donde o nosso pecado nos retira. Sempre que sou um ouvinte fiel da Sua Palavra, sempre que a ponho em prática, sempre que me sento à mesa da Eucaristia e convido todos os demais para este banquete estou a antecipar nas núpcias de Deus com a humanidade antecipadas neste sacramento. Na eucaristia, «Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição, vinde, Senhor Jesus!»

Disse a pequena Beata Jacinta: «Gosto tanto de Jesus escondido! Quem me dera recebê-Lo na Igreja! No Céu não se comunga? Se lá se comungar, eu comungo todos os dias». E quando a Lúcia voltava da Igreja perguntava-lhe: «Comungaste? Se lhe dizia que sim, pedia-me: ‘Chega-te aqui para junto de mim, que tens em teu coração Jesus escondido’» (Terceira Memória, I, 9, p. 131).

Senhor Jesus, que todas as vezes que tomarmos o Teu Corpo e o Teu Sangue formemos o Teu Corpo que é a Igreja guiada pela lei do amor a Deus e ao próximo.

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