A oração de súplica

A oração cristã é plenamente humana: inclui o louvor, mas também a súplica. Quando os discípulos pedem a Jesus que lhes ensine a rezar, Ele o faz com a oração do “Pai-Nosso”. Nesta, pedimos a Deus os dons mais elevados, mas também as coisas mais simples de cada dia como o pão quotidiano, o perdão e o auxílio divino nas tentações. Pedir, suplicar: isto é muito humano! Somos criaturas que pelo pecado nos afastamos de Deus. A oração de súplica é um retorno a Ele. A ilusão da auto-suficiência do ser humano rapidamente se desvanece quando experimentamos tempos escuros, momentos difíceis. Nestas situações aparentemente sem solução, a nossa única saída é a súplica: “Ajudai-me, Senhor!”. Esta oração permite que suaves fachos de luz penetrem nas trevas mais escuras. Assim, não devemos escandalizar-nos se sentirmos a necessidade de orar mais intensamente quando estamos a passar por dificuldades. É verdade que devemos aprender a rezar intensamente também nos momentos bons e alegres, mas jamais deveríamos sufocar o clamor que surge espontaneamente nas provações. Deus responderá! A Bíblia repete-o várias vezes: Deus escuta o clamor de quem o invoca! O Pai do Céu quer dar-nos o seu Espírito, que anima cada oração e transforma todas as coisas. Até mesmo a morte recua diante de um cristão que reza, pois sabe que o orante possui um aliado mais forte do que ela: o Senhor Ressuscitado! A morte já foi derrotada em Cristo, e virá o dia no qual tudo será definitivo, e ela não poderá mais fazer escárnio da nossa vida e da nossa felicidade (Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral, 9 de Dezembro, 2020).

Catequese completa da Audiência Geral

http://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2020/documents/papa-francesco_20201209_udienza-generale.html