Ano da Fé – IV

 

O livro da revelação divina: a Bíblia (I)

No coração do Povo de Deus está a Bíblia, um livro onde ele reconhece a assinatura do seu Deus. A Bíblia transmite-nos a Revelação de Deus e o seu projecto de amor, desde a Criação, através de um povo por Ele escolhido (Israel), até ao ponto da plenitude desta história: a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, a efusão do Espírito Santo. Deste dom do Espírito nasce a Igreja, o novo Povo de Deus, enxertado no antigo e chamado a encontrar a sua consumação na glória celeste. O Antigo e o Novo Testamento constituem a Escritura Sagrada. Esta, “consignada sob a inspiração do Espírito Santo”, é verdadeiramente Palavra de Deus. Se os escritos que compõem a Bíblia trazem a marca de mãos humanas, eles não deixam de ter Deus por autor e ensinam “firme, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que aí ficasse consignada” (Dei Verbum, 11). No conjunto da Sagrada Escritura, e mesmo no Novo Testamento, os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) ocupam um lugar privilegiado. Estes quatro livros, com efeito, conservam vivas a figura e a palavra de Jesus “em que toda a revelação de Deus omnipotente se consuma” (Dei Verbum, 7).

Desconhecer a Escritura é desconhecer Cristo (S. Jerónimo).

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