Um coração missionário: Beato Tito Brandsma, O. Carm.

O Beato Tito Brandsma, que morreu no campo de concentração de Dachau em 1942, também tinha um coração missionário. Desde jovem frade ainda em período de formação, Tito desejou ser enviado como missionário para anunciar o Evangelho a todos os povos. Contudo, a falta de saúde impediu-o de realizar o seu sonho. Deus enviou Tito a um território de missão que ele próprio nunca teria escolhido: os campos de concentração nazis. Em 1942 foi deportado para o campo de concentração de Dachau. Ali converteu-se em missionário através da sua oração, da sua confiança em Deus no meio do terrível sofrimento, ao consolar as aflições dos seus companheiros de prisão e ao negar-se a odiar os nazis. Tito acreditava que “a oração não é um oásis no deserto da vida; é toda a vida”. Esta bela afirmação revela a fonte da sua fortaleza para levar a cabo as suas actividades apostólicas, para dar testemunho da Verdade e para suportar com paciência a pobreza, o sofrimento e a brutalidade dos campos de concentração e para perdoar aos seus inimigos. Num discurso pronunciado em 1941, Tito disse: “A nossa vocação e a nossa felicidade consiste em fazer felizes os outros”. Talvez estas palavras, assim como as palavras de Jesus que significaram tanto para o Beato Tito, “a paz vos deixo, a minha paz vos dou”, resumem o seu espírito missionário e o que significa ser missão na Igreja e no mundo.

Conselhos Gerais O. Carm. e O.C.D.

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A missionária Santa Teresinha do Menino Jesus

Apesar de Santa Teresa do Menino Jesus nunca ter saído do recinto do seu Carmelo, foi proclamada padroeira universal das missões juntamente com São Francisco Xavier em 14 de Dezembro de 1927. Santa Teresa tinha um coração missionário. Nos seus “Manuscritos autobiográficos” diz-nos que teria gostado “ser missionária não só por alguns anos mas desde o princípio da criação até à consumação dos tempos”.

Limitada pelas paredes do Carmelo, viveu o seu zelo missionário no mosteiro. Descobriu a sua vocação de ser “amor no coração da Igreja”; quer dizer, fazer do amor de Jesus Cristo o centro da sua vida e expressar o seu amor por ele concretamente nas pequenas acções da vida diária e em todas as suas relações. Ela acreditava que o amor é eterno; que transcende os limites físicos, o espaço e o tempo, e tem um poder transformador para curar e converter os corações. Estava convencida de que quanto mais amor houver no coração da Igreja, mais amor haverá em todos os membros da Igreja e no mundo. A prática do amor produz frutos para toda a Igreja e para o mundo. Neste sentido, todos os baptizados são chamados a ser “amor no coração da Igreja” e fazer do amor a força motivadora das nossas vidas; desta maneira convertemo-nos em missão na Igreja e no nosso mundo.

Conselhos Gerais O. Carm. e O.C.D.

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16º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Lc 10, 42)

O evangelista Lucas narra a visita de Jesus à casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro. Elas acolhem-no e Maria senta-se aos seus pés para ouvi-lo pois não quer perder nenhuma das suas palavras. Tudo deve ser deixado de lado porque, quando ele vem visitar as nossas vidas, a sua presença e a sua palavra são prioritárias. O Senhor sempre nos surpreende: quando nos dispomos a ouvi-lo as nuvens desaparecem, as dúvidas cedem o lugar à verdade, o medo à serenidade, e as várias situações da vida encontram o lugar certo.

Na cena de Maria de Betânia aos pés de Jesus, São Lucas mostra a atitude de oração do fiel que sabe estar na presença do Mestre para ouvi-lo e colocar-se em sintonia com ele. Trata-se de fazer uma pausa durante o dia, de recolher-se no silêncio para dar lugar ao Senhor que “passa” e encontrar a coragem de permanecer um pouco “à parte” com ele, para depois retornar, com mais serenidade e eficácia, para as coisas quotidianas. Ao louvar a atitude de Maria, que “escolheu a melhor parte”, Jesus parece repetir a cada um de nós: “Não te deixes levar pelos afazeres, mas antes de tudo escuta a voz do Senhor, a fim de desempenhares bem as tarefas que a vida te atribui”.

Depois, há a outra irmã, Marta, que certamente tinha o carisma da hospitalidade. Enquanto Maria escuta Jesus, Marta está completamente absorvida pelos muitos afazeres. Jesus diz-lhe: “Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas”. Com estas palavras, Jesus não pretende condenar a atitude de serviço, mas sim a preocupação com que às vezes se vive.

Nós também partilhamos a preocupação de Santa Marta e, com o seu exemplo, propomo-nos fazer com que, nas nossas famílias e nas nossas comunidades, se viva o sentido do acolhimento, da fraternidade, para que cada um possa sentir-se “em casa”, especialmente os pequenos e os pobres quando batem à porta.

Portanto, o Evangelho de hoje recorda-nos que a sabedoria do coração está em saber conjugar estes dois elementos: a contemplação e a acção. Marta e Maria indicam-nos o caminho. Se queremos desfrutar a vida com alegria, devemos associar as duas atitudes: por um lado, o “estar aos pés” de Jesus, para ouvi-lo enquanto nos revela o segredo de todas as coisas; por outro, estar atentos e prontos para a hospitalidade, quando ele passar e bater à nossa porta, com o rosto de um amigo que precisa de um momento de descanso e fraternidade.

Papa Francisco, Angelus (resumo), 21 de Julho, 2019

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Profeta Elias – 20 de Julho

A Bíblia conta de Elias as maiores maravilhas e faz os mais belos elogios: pela sua oração Deus enviou abundantemente a chuva depois de um longo e rigoroso período de seca. Fugindo do terrível rei Acab e escondido numa gruta, o Senhor ordenou a um corvo que durante muitos dias levasse pão a Elias. Na sua fuga ia o profeta esfomeado. Era o tempo da seca. Foi pois neste período que Elias abençoou uma viúva pedindo ao Senhor que, enquanto durasse a seca, não lhe faltasse nem a farinha nem o azeite para o seu sustento e do seu filho, em reconhecimento pela hospitalidade desta família pobre que socorreu o faminto profeta de Deus. E, mais tarde, tendo morrido o único filho desta viúva, Elias ressuscitou o menino. No monte Carmelo Elias fez descer fogo sobre o sacrifício, mostrando assim que o deus Baal e os seus profeta eram falsos. Novamente viu-se forçado a fugir de Acab e da sua mulher Jezabel. Faminto e desalentado no deserto a ponto de desejar morrer, Deus alimenta-o através de um anjo com pão e água, e encoraja-o a caminhar durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, o Horeb. Uma vez aqui, Deus mostrou-se a Elias já não nos tradicionais sinais do Antigo Testamento, do fogo, do terramoto ou do forte vento, mas numa brisa suave. Esta nova experiência de Deus dá-lhe olhos novos, abre um novo horizonte e devolve a Elias a liberdade para a acção, a vitória sobre o medo, a vontade de continuar a lutar pela causa de Deus em defesa da vida do povo, e dá-lhe, ao mesmo tempo, a consciência clara de não ser o dono da luta nem o único a defender a causa de Deus.

O Carmelita aprende, pois, com Elias a ser homem do deserto, de coração indiviso, que está todo diante de Deus, todo entregue ao serviço de Deus, o homem que fez uma escolha sem compromissos pela causa de Deus e por Deus arde de paixão. Como Elias, crê em Deus, deixa-se conduzir pelo Espírito e interioriza a Palavra no próprio coração, para testemunhar a presença divina no mundo, aceitando que ele seja realmente Deus na sua vida” (Constituições da Ordem do Carmo, nº 26).

Oração

Deus eterno e omnipotente, que concedestes ao vosso profeta Elias, nosso Pai, viver sempre na vossa presença e inflamar-se de zelo pela vossa glória, concedei que procurando sempre a vossa presença, nos tornemos no mundo testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

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Espiritualidade esponsal do Carmelo

 

A devoção a Nossa Senhora do Carmo nasceu no Monte Carmelo, na Terra Santa. Na Bíblia o Monte Carmelo é símbolo da beleza e da fecundidade e a ele está ligado profundamente o profeta Elias que lutou incansavelmente pela defesa da aliança entre Deus e o seu povo. Os profetas falam da aliança de Deus com o seu povo (e com cada um de nós) usando a imagem do matrimónio, apresentando Deus como alguém que nos ama apaixonadamente e que não pode deixar de o fazer.

Seguindo o exemplo da Virgem Maria, também os carmelitas querem viver intimamente unidos a Cristo numa aliança de amor. A espiritualidade carmelita é claramente “esponsal”. Todos os santos do Carmelo apresentam Jesus como o esposo a quem se querem unir cada vez mais profundamente. Maria é o melhor exemplo desse amor total para com Cristo a quem queremos conhecer cada dia mais profundamente e a amar diariamente com mais autenticidade.

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Nossa Senhora do Carmo – 16 de Julho

Maria, a Mãe do Senhor, é frequentemente invocada como a “Virgem do Carmo”. O nome vem do monte Carmelo, em Israel. O Carmelo é um monte bíblico ligado à grande figura do profeta Elias, que viveu na presença do Senhor e foi para Israel “testemunha do Deus vivo”. A oração do profeta pedindo a água para a terra ressequida teve a resposta numa nuvem pequenina como a palma da mão, símbolo da presença divina e figura de Maria, a Mãe do Senhor, a nuvem da qual brotou a chuva de bênção, o seu filho Jesus Cristo, o Senhor.

No século XII d. C., um grupo de soldados cruzados ocuparam as grutas do Carmelo e, inspirados no ideal profético de Elias, iniciaram uma experiência de vida comum, “junto à fonte do profeta Elias”, vivendo “em obséquio de Jesus Cristo”, imitando e honrando Maria, a “Senhora do lugar”. Aqui e neste monte tem início a Ordem do Carmo.

Carmelo, significa “vinha-jardim de Deus”, portanto, um lugar delicioso plantado e cultivado pelo próprio Deus, onde somos introduzidos “para nos saciarmos dos seus melhores frutos”. A Virgem Mãe de Deus e Senhora do Carmelo, é invocada como “Vide florescente” da qual nasce Cristo, a Vide verdadeira (Jo 15), cuja seiva alimenta os ramos que estão unidos a ela.

Para nós carmelitas, Maria é mãe amorosa; connosco é irmã. Os carmelitas e os devotos de Nossa Senhora do Carmo são “Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”. Com este título não afirmamos que Maria é uma privilegiada mas que ela é como cada um de nós, ou antes, ela é extraordinária na normalidade da vida de cada dia. Ela é como um poderoso ímam que nos atrai para contemplarmos nela o que Deus quer fazer em cada um de nós. Vivendo da fé, ela é peregrina, a primeira no caminho que sobe à montanha da salvação, que é Cristo, e anima-nos e encoraja-nos nos nossos esforços. 

Muitos e muitos cristãos estão revestidos do escapulário para melhor manifestarem o seu amor a Maria. Graças a ele, reconhecemos a nossa pertença a Maria e, revestidos das suas virtudes, retratamos a sua imagem no mundo. O Escapulário é sinal de comunhão entre Maria e cada um de nós. Ele nos recorda as palavras chave de toda a aliança: “Eu sou para ti e tu, Maria, és para mim”.

Oração

Venha em nossa ajuda, Senhor, a poderosa intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe e Rainha do Carmelo, para que, protegidos pelo seu auxílio, cheguemos ao verdadeiro monte da salvação, Jesus Cristo Nosso Senhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

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9º Novena de Nossa Senhora do Carmo

Maria no Pentecostes

Flor do Carmelo, / Vide florescente, / Esplendor do Céu, / Virgem Mãe, singular. / Doce Mãe, / Mas sempre Virgem, / Aos teus filhos / Dá teus favores, / Ó Estrela do mar.

Leitura bíblica (Act 1,13-14)

Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima, no lugar onde se encontravam habitualmente. Estavam lá: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelota, e Judas, filho de Tiago. E todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.

Reflexão

Diz o livro dos Actos do Apóstolos: “Todos tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com as mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus (Act 1,14). Trata-se da primeira comunidade: semente e ideal de todas as comunidades. A comunidade reunida no Cenáculo é o pequeno resto que sobrou e é também o novo começo. Ela é a “comunidade original”, da qual vai nascer a Igreja no dia de Pentecostes. Sem comunidade em oração não haveria Pentecostes! Foi a prece que fez descer em abundância o dom do Espírito (Lc 11,13).

Lucas insiste em três atitudes que marcam esta “comunidade original” e que devem marcar a vida de todas as comunidades, para que possam anunciar a Boa Nova de Deus: (1) – todos tinham os mesmos sentimentos, viviam em comunhão fraterna, (2) – eram assíduos na oração (3) – e estavam reunidos ao redor de Maria a mãe de Jesus aguardando a vinda do Espírito Santo (Act 1,14).

Peçamos a Maria que nos ajude a alcançar a perseverar na oração e no silêncio. A Regra do Carmo pede: “Permaneça cada um na sua cela ou na proximidade dela, meditando dia e noite na Lei do Senhor e vigiando em orações” (RC 10). Neste ponto, temos como mestra e guia Maria, a Mãe de Jesus: “Enquanto Jesus dizia essas coisas, uma mulher levantou a voz no meio da multidão, e disse-lhe: “Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram”. Jesus respondeu: “Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,27-28). O que caracterizava a vida de Maria era “ouvir e praticar a Palavra de Deus”.

Os Evangelhos falam pouco da mãe de Jesus e apresentam-na como mulher silenciosa. Apenas sete palavras! É a prática do silêncio que capacita as pessoas para meditar e escutar a Palavra de Deus nos factos da vida. O que mais nos falta hoje é o silêncio. A condição para poder escutar é saber fazer silêncio, sobretudo dentro de nós.

Oração

Pai santo, nós vos suplicamos que nos assista com a sua intercessão a Santíssima Virgem Maria, mãe e rainha do Carmelo, para que, guiados pelo seu exemplo e protecção, cheguemos ao cimo do monte da perfeição, que é Cristo, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amen.

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15º Domingo do Tempo Comum – Ano C

E quem é o meu próximo… Vai e faz o mesmo” (Lc 10, 29; 37)

O Evangelho do 15º Domingo do Tempo Comum (Ano C) apresenta-nos a “parábola do bom samaritano”. Esta parábola tornou-se paradigmática da vida cristã, tornou-se o modelo de como um cristão deve agir.

Neste episódio, Jesus é interrogado por um doutor da lei sobre o que é necessário para herdar a vida eterna. Jesus convida-o a encontrar a resposta nas Escrituras: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo!”. Havia, porém, diferentes interpretações sobre quem seria o “próximo”. Então Jesus responde com esta parábola.

O protagonista é um samaritano, grupo na época desprezado pelos judeus. Ao longo de uma estrada, o samaritano encontra um homem roubado e agredido por assaltantes. Antes dele, por aquela mesma estrada, haviam passado um sacerdote e um levita, isto é, pessoas que se dedicavam ao culto de Deus. Mas não pararam. O único que lhe presta socorro é justamente o samaritano, justamente quem não tinha fé!

Também nós pensamos em tantas pessoas que conhecemos, talvez agnósticas, que fazem o bem. Jesus escolhe como modelo alguém que não era homem de fé. E este homem, amando o irmão como a si mesmo, demonstra que ama a Deus com todo o coração e com todas as forças – o Deus que não conhecia! – e expressa ao mesmo tempo verdadeira religiosidade e plena humanidade.

Depois de contar a parábola, Jesus dirige-se novamente ao doutor da lei e diz-lhe: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”. O doutor da lei responde: “O que teve compaixão dele”. Deste modo, Jesus inverte a pergunta do seu interlocutor e também a lógica de todos nós. Ele faz-nos entender que não somos nós, com base nos nossos critérios, que definimos quem é o próximo e quem não é, mas é a pessoa em situação de necessidade que deve poder reconhecer quem é o seu próximo, isto é, quem usou de compaixão para com ela.

Ser capazes de sentir compaixão: esta é a chave. Esta é a nossa chave. Se diante de uma pessoa necessitada, não se sente compaixão e o coração não se comove, isto significa que algo não funciona. Estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensibilidade egoística. A capacidade de compaixão tornou-se a medida do cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus.

Papa Francisco, resumo do Angelus, 14 de Julho de 2019

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8º – Novena de Nossa Senhora do Carmo

Maria aos pés da cruz

Dizei lábios meus / palavras benditas, / em louvor da Virgem, / Mãe dos carmelitas. / Virgem pura e santa / Mãe e protectora / sois dos carmelitas / gentil condutora. / Fazei pois, Senhora, / que vos imitemos. / Jesus, vosso Filho, / sempre escutemos.

Leitura bíblica (Jo 19,17-30)

Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota, onde o crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio.

Junto à cruz de Jesus estava, de pé, sua mãe. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!».

Reflexão

Todo o evangelho se encaminha para a “hora” de Jesus, em que coincidem a sua morte e a sua glorificação, realizando o projecto salvador do Pai. Quando chega a “hora” de Jesus, a sua mãe está junto dele, como esteve no início da sua vida pública, quando realizou o seu primeiro sinal. Nessa altura Jesus disse-lhe que a sua “hora” ainda não tinha chegado.

Em ambos os casos, jesus dirige-se a Maria com o título de “mulher”, que referencia Maria como a nova Eva: “Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar”. A hora de Jesus será o cumprimento desta profecia. Desde a cruz, Jesus associa sua mãe à sua “hora”, que é também a “hora” de Maria, figura e realização da Igreja, que permanece de pé junto à cruz e que recebe do Senhor o encargo de acolher os discípulos como filhos.

Peçamos a Maria que nos ajude a permanecer sempre unidos a Jesus, também na hora do sofrimento e da morte. Que ela nos ajude a levar a nossa cruz de cada dia.

Invocações

Santa Maria, mãe de Deus e nossa mãe, rogai por nós. Mulher forte ao pé da cruz, rogai por nós. Mulher corajosa no Calvário, rogai por nós. Amparo dos fracos, rogai por nós. Refúgio dos pecadores, rogai por nós. Consoladora dos aflitos, rogai por nós. Auxílio dos cristãos, rogai por nós. Rainha dos mártires, rogai por nós. Esperança nossa, rogai por nós. Mãe e formosura do Carmelo, rogai por nós.

Oração

Pai santo, nós vos suplicamos que nos assista com a sua intercessão a Santíssima Virgem Maria, mãe e rainha do Carmelo, para que, guiados pelo seu exemplo e protecção, cheguemos ao cimo do monte da perfeição, que é Cristo, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amen.

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7º – Novena de Nossa Senhora do Carmo

Maria, discípula de Jesus

Flor do Carmelo, / Vide florescente, / Esplendor do Céu, / Virgem Mãe, singular. / Doce Mãe, / Mas sempre Virgem, / Aos teus filhos / Dá teus favores, / Ó Estrela do mar.

Leitura bíblica (Lc 8, 19-21)

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.» Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática».

Reflexão

Minha mãe e meus irmãos são aqueles que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática”. Os inimigos de Jesus também escutavam a Palavra de Deus mas não tinham nenhum interesse em pô-la em prática. Nós, cristãos, queremos viver em conformidade com os ensinamentos da Bíblia. Quanto a isto, Maria é o melhor modelo para nós. São Lucas diz-nos em diversas ocasiões que “Maria conservava todas estas coisas meditando-as no seu coração” (Lc 2,19.51). Ela é a mulher orante, contemplativa, que medita em silêncio tudo o que se refere ao seu Filho.

Durante a infância de Jesus, Maria foi a sua mestre e a sua protectora. Quando Jesus começou a sua vida pública, ela converteu-se em discípula. É a peregrina da fé, que se coloca ao serviço de Cristo. Maria assume que Jesus se deve dedicar à sua missão e ela aceita renunciar aos seus direitos sobre ele para se converter em membro da sua família espiritual de um modo novo.

Peçamos a Maria que nos ajude a caminhar firmes na fé e na esperança, ainda que não compreendamos tudo o que acontece à nossa volta, e que nos ensine a viver como membros activos da família de Jesus.

Invocações

Santa Maria do Monte Carmelo, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, Rainha do Céu, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, vitoriosa sobre satanás, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, a mais obediente Filha de Deus, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, Virgem pura, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, Esposa dedicada do Espírito Santo, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, Mãe dos filhos de Deus, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, modelo perfeito de virtudes, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, âncora da esperança, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, refúgio na dor, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, dispensadora dos dons de Deus, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, defesa contra os nossos inimigos, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, nossa ajuda no perigo, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, caminho que leva a Jesus, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, nossa luz na escuridão, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, nossa consolação na hora da morte, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, advogada dos pecadores, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, esperança dos carmelitas, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, refúgio dos carmelitas, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, advogada dos carmelitas, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, louvor e glória dos carmelitas, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, protecção dos carmelitas, rogai por nós. / Nª Srª do Carmo, salvação segura dos carmelitas, rogai por nós.

Oração

Pai, olhai com benevolência para aqueles que se revestem com o Escapulário do Carmo. Fazei com que, deixando-se amar pela Virgem Maria, Mãe do vosso Filho e Mãe do Carmelo, sejam conformes à imagem de Jesus Cristo. E depois de terem percorrido, livres de todos os perigos, o caminho da vida, possam entrar na glória da vossa Casa. Por Cristo, Senhor nosso. Amen.

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